Tomada pelo desejo

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Meus olhos se arregalaram quando senti os lábios quentes e macios de Park ChanYeol, foi como se tudo tivesse parado ao nosso redor — diferentemente do seu irmão, havia uma sensação única em ter a boca dele na minha. Pus as mãos em seu peito, tentando me afastar, entretanto tive a cintura envolvida por seu braço forte.

O vice-presidente era mais afoito quando o assunto era estar no comando de algo mais sexual, me envolvendo em seu beijo, pincelando meus lábios com a língua. Em algum momento abri a boca, deixando que capturasse minha língua, sorvendo contra si.

Tomada pela raiva de ser pega de surpresa, usei o resto de força que tinha para empurrá-lo. Minha respiração estava irregular, os lábios inchados e os olhos arregalados — me sentia patética de permitir aquele beijo.

— O que pensa que está fazendo? — vociferei.

— Selando nosso compromisso — cerrei os dentes e se tivesse um pedaço de pau, metia a porrada naquele infeliz.

— Não tenho nenhum compromisso com você!! — seu olhar era de total desdém. — Chega de palhaçada! — falei dando-lhe as costas e caminhando até o carro.

Estava definitivamente cansada daqueles dois homens, queria um pouco de paz de espírito, porque naquele momento a paz foi passear e não voltou para casa. A raiva me consumia a cada dia e se tratando daqueles dois homens odiosos, queria apenas que me deixassem em paz de uma vez por todas.

Ao invés de voltar para a van, Park ChanYeol que voltasse para casa sozinho, pois pedi um táxi e fui embora daquele fim de mundo sem olhar para trás. Certamente minha ousadia iria pesar, mas estava pouco me lixando — o castigo poderia acontecer depois, meu couro estaria preparado, mas naquele instante um sorriso brotou de meus lábios por ter fugido.

[...]

Meus olhos piscavam lentamente, ainda fixos naquele figura à minha frente, os pingos de água em seu peitoral nu, enquanto enxugava a nuca com uma toalha de rosto — a linha V propositalmente amostra na toalha branca, que estava ao redor de sua cintura. O abdômen bronzeado, exibia gominhos de tamanhos semelhantes, enquanto o peito estufado subia e descia pela respiração.

Queria que meus olhos não se demorassem naquela imagem erótica, mas quanto mais tentava desviar, mais não conseguia manter a imagem do chefe fora de meus pensamentos. Abracei a pasta contra mim, buscando no fundo da garganta a voz, pois ele esperava uma resposta de minha visita.

Soltei o ar dos pulmões, tentando manter a postura profissional e mesmo que a mente quisesse me fazer fraquejar, juntei o resto de dignidade e abri a boca para falar.

— O secretário Kim mandou os documentos que pediu... apesar de ser possível fazer isso por e-mail — murmurei essa última parte baixinho, porém o presidente Ok deu-me as costas e andou para dentro do seu apartamento de luxo em Gangnam.

Aquele era o covil do bicho papão e era preciso fazer uma benza forte antes de pôr o pé dentro daquele lugar, sabe-se lá o que aquele homem já fez ali, como assassinatos ou rituais satânicos. Meus passos eram hesitantes, porém fiquei maravilhada com a beleza do lugar, completamente branco, sem uma outra cor brilhante.

Bem a frente havia um grande janelão, com vista para a cidade — era um apartamento na cobertura, poucos tinham esse privilégio e presidente Ok era um homem muito privilegiado.

— Bebe alguma coisa, senhorita Souza? — voltei atenção para o mais velho, que puxava um vidro de álcool o qual desconhecia de uma pequena adega, exibindo o belo traseiro coberto pela toalha.

Pai celestial, eu preciso me conter!

— Não senhor! Vim apenas trazer os documentos, estou de saída — peguei a pasta azul e pus em cima do balcão. — Com licença, presidente — fiz uma mesura, virando para sair.

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