capitulo 7

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— Prazer senhorita Helena — Sua voz é morna, possivelmente divertida, mas édifícil dizer por sua expressão impassível

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— Prazer senhorita Helena — Sua voz é morna, possivelmente divertida, mas édifícil dizer por sua expressão impassível. Ele parece ligeiramenteinteressado, mas acima de tudo, educado. Um calafrio corre por meu corpo, alguma coisa me diz que não para eu chegar perto dele. 

— Helena cuida muito bem do nosso jardim, sempre que pode está aqui, mexendo na terra — A Madre fala e me deixa com vergonha —  Vamos indo Sr. Montanari, tenho umas instalações recém reformadas para mostrar para o senhor. — A Madri diz, e começa a caminha de volta para o local que saiu. O Sr. Montanari não se mexe, fica me observando atentamente, é um olhar que eu não sei explicar, é como se ele pudesse ver todos os meus pecadas apenas me olhando. Ele é lindo. 

— Bom, foi um prazer te conhecer Senhor. — falo por fim, me curvo e depois me viro para voltar a fazer o que estava fazendo. Ouço barulho da grama, ele está se movendo e não disse nenhuma palavra, conforme ele ia se afastando a sensação de um vazio se instala no  ar. Não sei que sentimento é esse, nunca o senti. Preciso ir falar com o padre Francisco.  

— Helena — sinto uma mão pegar no meu vestido e puxar — olho para o lado, saindo dos meus pensamento e vejo Ceci. — Terminei, vou ir para dentro. 

— Claro meu amor — falo com um sorriso — eu termino aqui. — Cecilia vai saltitante para dentro de nossa casa, ela é uma menina tão adorável, não pura e cheia de luz. 

Termino de regar as plantas, tiro o avental e as luvas, e começo a andar em sentido a capela — será que o padre já chegou? — penso comigo mesma. Preciso colocar para fora esse sentimento, como que um olhar e uma fala pode ser feito isso no meu corpo, será que eu estou em pecado? 

Saio do jardim, dando pelos corredores velhos e empoeirados, e vou em sentido a capela, vejo irmão Elza vindo, trazendo vários livros. 

— Bom dia, minha querida — Irmão Elza fala com um sorriso — indo para a capela?

— Bom dia, Irmã Elza — falo — sim, estou. 

— O Padre Francisco já chegou, se puder entregar essas cartas para ele agradeço — fala esticando a mão para cima dos livros e tirando de lá varias carta. 

— Entrego sim — as pego e levo comigo. — Padre Francisco? — chamo ao entrar pelas portas francesas de madeira. 

— Minha doce Helena — ele sai de traz de uma cortina no canto da sala. — se aproxime. — me achego para perto da cortina e o encontro abaixado, como se estivesse se escondendo.

— o que está fazendo? — pergunto me divertindo com a situação. 

— fale mais baixo, estou tentando me esconder de Benjamin, estamos brincando de esconde esconde — fala baixo rindo — já faz um tempo que estou aqui, ele não me achou assim, acredito que tenha desistido. 

o Padre Francisco é um senhor de sessenta e cinco anos, está aqui na instituição desde que me conheço por gente, sempre cuidou de mim e das crianças, sempre foi um grande homem de Deus aqui na terra. 

— Preciso conversar com o senhor — falo seria, me abaixando para ficar na altura dele. Ele me olha com um olhar preocupado 

— aconteceu algo — se levanta rapidamente e sai de traz da cortina. 

— Não é nada de mais, só queria tirar um duvida — falo saindo da cortina e indo sentar em uma banco de madeira. 

— Claro, o que seria? — fala se aproximando e ficando em pé na minha frente. 

— Eu estou com um sentimento novo, um sentimento que eu não sei explicar, ele começou agora pela manha,  depois que eu vi um homem — falo baixando minha cabeça por vergonha. 

— O que? como assim? me explique melhor. — fala se sentando ao meu lado, ele me olha como se quisesse saber mais. 

— Agora pela manhã, o Sr. Montanari esteve aqu... — não consegui terminar de falar. 

— Me escute bem Helena! não quero você perto dele, ele não é do bem! — ele fala com um voz de autoridade, como se estivesse bravo e ao mesmo tempo querendo esconder algo 

— Mas Padr.....

— Sem mas, Helena — Você não conhece o mundo lá fora e esse tipo de homem não são do bem — como não são do bem? penso comigo, ele ajuda a gente e não é do bem? — não vamos tocar neste assunto, sobre o seu sentimento, é bobagem, é porque você não tem contato com o homens, pode ser se sentido acuada. 

— ah sim, claro — me levando meio atordoada. 

—  Me prometa que não chegará perto deste homem! — pede como se fosse uma  suplica. 

— prometo — falo quase sem voz 

— Agora vá e não fale pra ninguém sobre o que conversamos. — saio o mais rápido de lá e vou para meu quarto. 

tranco a porta e me deito na cama e fico olhando para o teto cinza. — me prometa — a frase to padre fica em minha cabeça, do que ele tem tanto medo, quem é esse Montanari que faz com que até o padre tenha medo de falar sobre ele? 

DARK - Romance nas sombras.Onde histórias criam vida. Descubra agora