Sabor

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Capítulo dedicado aos meu amores mily e Anna ❤️ ( é bom que eu veja o voto e o comentário de vocês pq se não o bagulho vai ficar doido 🧐🔪⚰️) boa leitura 😉



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- Oops! - Ela exclamou quase dando de cara
com Ludmilla.

Castanho.

A garota já havia lido sobre o castanho.

Sobre como a madeira era dessa cor, como a terra por muitas vezes também, o chocolate... a castanha.

- Oi... -- Ela sussurrou, sem conseguir tirar
os olhos do castanho.

- Eu acho que vou querer um pouco mais de
açúcar. --A garota ainda na mesa comentou,
não se dando conta da interação das outras
duas.

-C-Claro.. açúcar... -- Ludmilla se atrapalhou
andando para trás sem tirar os olhos do
castanho.

- Que garota estranha... -- Falou a que ainda
estava na mesa.

- Lary.. -- Brunna murmurou ao se sentar com um sorriso estranho.

- Que foi, Bru? -- Lary olhava pela janela,
percebia que poderia nevar.

- Eu acho que.. -- Maneou em dizer.

Não poderia ser. Certo? Quais seriam as
chances d'ela encontrar Ludmilla naquele dia assim tão aleatório?

- Acha o que, Brunna? - Bufou ao dizer, -- Para com essa cara, você tá me assustando!--
Brunna olhou para sua xícara de café, levou-a até os lábios e provou uma longa golada.

Ela sentiu o sabor do café.

Brunna não sentia sabores.

Cuspiu para fora todo o líquido quente e
amargo.

- Caralho Brunna! -- Laryssa se levantou tentando secar o café quente do rosto.

- Eu sernti o sabor! -- Brunna se animou em
dizer, olhando para trás checando se a garota dos olhos castanhos não estava vindo. - É ela! É Ludmilla!

- Pro inferno com Ludmilla, Brunna! Você me manchou de café! -- Lary bufou saindo da mesa em busca de um banheiro.

A menina pegou uma das bombas de chocolate e levou até a boca. E era tão bom o sabor, que ela simplesmente o devorou!

Ela sabia desde pequena que só sentiria
sabores se Ludmilla, seu amor, estivesse perto dela.

Por muito tempo ela acordava todas as
manhãs com marcas em seu corpo, roxos e
até mesmo ferimentos que ela não entendia
de onde vinham. Chegou até a imaginar que
a garota teria morrido, já que esses ferimentos provinham dela.

- Ah... com licença... o açúcar... - Virou-se para os olhos castanhos novamente.

-O que? - Perguntou, perdida nas maçās
rosadas de seu amor.

Ludmilla não respondeu, deixou os sachês na mesa e correu para a cozinha novamente.Seus olhos estavam sendo bombardeados por cores e ela não entendia isso. Ela até quis tapar os olhos de todo aquele bombardeamento.

Brunna tinha cores, muitas cores, e era tão
bonita e cheirava bem.

A garota não sabia o que fazer. Pegou o telefone do escritório de Anne e ligou para o número colado na parede, o número de Harry.

"Lu?"- Harry perguntou confuso ao ouvir o
choro da amiga no outro lado da linha.

- Haz... ela tá aqui... - Ludmilla chorava
copiosamente, encarou a palma de sua mão
que aos poucos ganhava uma cor clara e
rosada, - Meu amor Haz! HAZ! Cores!

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