Após um incidente problemático no Brooklin, Alice Jenkins precisou fugir para outro país com ajuda de um velho mafioso. No entanto, diferente do recomeço tranquilo que imaginou, recebeu um treinamento árduo para se tornar uma das melhores assassinas...
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ㅡ E sobre os lucros do cassino? ㅡ Seong-woo ajeitou o telefone entre a orelha e o ombro para digitar os números repassados numa planilha. ㅡ Invista em propaganda, a internet existe para isso. Esse lugar precisa viver lotado se você quiser manter essa cabeça maldita no pescoço!
O chefe da máfia Dwaeji bufou alto como um boi no sol quente, afundando o dedo no botão do telefone sem fio enquanto a outra mão socou o teclado do computador, formando uma sequência de letras desordenadas na tela.
Analisando os dados, era óbvio que o movimento caiu desde a troca de proprietário, afinal, boa parte dos grandes apostadores daquele lugar eram amigos íntimos do estimado advogado, do qual sequer imaginavam um escandaloso envolvimento com uma das máfias coreanas, sendo o chefe da maior delas.
Seong-woo invadiu aquele lugar há semanas, seu principal motivo era a má distribuição de territórios. Estava começando a se cansar de dividir metade da cidade com facções e gangues medíocres; então, bolou um de seus melhores planos e tomou o Cassino Paradise para si.
Houve um certo rebuliço, mas os Chamsae fingiram não ver o que estava acontecendo sob ordens do próprio Park, a preocupação dele naquele momento era recuperar os lotes furtados. No entanto, depois da poeira baixar e tudo parecer calmo demais, Seong-woo recebeu a notícia que menos esperava: Seus maiores inimigos haviam sequestrado seu único filho.
Kim Taehyung estava no domínio inimigo, provavelmente com medo e sem saber como se defender após negar seus ensinamentos. Sequer sabia se estavam o alimentando e isso o atormentou no instante que Hansung desligou a ligação naquela fatídica noite.
Como ele explicaria para sua esposa, uma mãe muito amorosa e protetora, que seu garotinho estava em cárcere e a culpa era toda dele, justamente quem jurou proteger de toda aquela bagunça? Em que momento Seong-woo se tornou um pai tão ruim a ponto de não conseguir cuidar da única pessoa por quem estava fazendo tudo aquilo? Quando começou a ignorá-lo a ponto do rapaz sequer tentar entrar em contato usando o seu infiltrado?
Dias mais tarde, o Kim viria a saber do assassinato do seu capanga pelas cinzas e o bilhete enviado pelos Chamsae. O clássico jarro de ceramica tradicional era um lembrete de que Taehyung poderia ser o próximo, logo apressou-se para mandar outro infiltrado e quem sabe ter uma vantagem no maldito jogo que eles o submeteram.
Dois toques suaves na porta do seu escritório o trouxeram para a realidade, Seong-woo permitiu a entrada sem ao menos saber quem estava o esperando.
ㅡ Olá, querido. Trouxe um pouco de chá, você parecia estressado ao telefone. ㅡ Hana deixou a bandeja sobre alguns papéis que preferia não ler, mesmo que fingisse um interesse pelo trabalho do marido.
Saito Hana, agora Kim, abdicou do seu sobrenome, de sua cultura, do seu idioma, de seu país e até dos seus sonhos pelo casamento arranjado graças a sua família também ser mafiosa. O matrimônio só ocorreu porque Park Donghyun se negou a tal compromisso se por obrigação, mas contradisse isso anos mais tarde quando se casou com uma moça francesa de família igualmente envolvida com ações criminosas.
