♢ | Traidores Merecem Mortes Lentas

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#NaipesCruzados

Alice achou fácil demais lidar com o Jungkook bêbado

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Alice achou fácil demais lidar com o Jungkook bêbado. Ele ficava manhoso e grudento, além de divergir suas falas entre comentários aleatórios e lascividades que assustavam o taxista que talvez nunca tenha visto um bissexual emocionado falar tanto da bunda do cara que beijou numa boate.

Jeon Jungkook era a única pessoa no mundo capaz de fazer Alice Jenkins gargalhar genuinamente mesmo após acontecimentos tão específicos quanto um assassinato.

Na frente da bela, e exageradamente grande, residência dos Jeon, Alice deixava seu amigo sob os cuidados de Yujen ㅡ uma funcionária da casa que trabalhava ali desde que o rapaz era um moleque agitado e catarrento.

A exaustão começou a pesar nos olhos da mulher enquanto ela seguia caminhando para a loja de conveniência que escondia a entrada para a garagem subterrânea. Não podia arriscar que alguém soubesse seu paradeiro e para isso teve que cortar em muitas vielas, além de tirar ou colocar o casaco em certos trechos.

Entrou no estabelecimento quase vazio que era sustentado por um alto aluguel pago por Dongsun para que seus companheiros pudessem usufruir da área onde os carros eram armazenados, talvez apenas por esse valor aquele lugar ainda se mantivesse funcionando, afinal, sua localização era péssima e a clientela, baixa.

Sem mais delongas, a senha foi sussurrada para o balconista que lhe entregou a chave do depósito. A assassina de aluguel escolheu o carro mais comum que achou disponível e seguiu direto para a Mansão Park após montar um disfarce melhor que apenas uma máscara de poeira.

Aileen estava exausta, os últimos dias tinham sido corridos com todos os assassinatos que o Velhote andou exigindo, desde Min Soojien algumas semanas atrás até o subsecretário naquela madrugada. Todas mortes conectadas por informações que poderiam colocar tudo a perder para os Chamsae.

Com o maldito celular nas mãos de Dongsun, a assassina sentiu certo alivio ao saber que o mestre em tecnologias, Kim Namjoon, já estava a caminho. O país era pequeno em comparação a tantos outros, cruzá-lo levaria cerca de cinco a seis horas de carro.

Enquanto esperavam, Aileen desceu para a cozinha e pediu um café forte para a cozinheira presente. Sentiu Jimin em seu encalço, mas não fez questão de lhe dar atenção, apenas fingiu não saber que ganhou uma nova sombra e continuou seu caminho com a caneca em mãos até a varanda leste.

Duas grandes goladas depois, ela já sentia os efeitos da cafeína em seu corpo, mas sabia que seu pé inquieto rebatendo na madeira não era culpa da bebida. Disposta a relaxar a mente, pegou sua carteira de cigarros Hollywood, colocou um preso entre os lábios e frustrou-se ao perceber que não tinha um isqueiro consigo.

Quando estava se virando para Jimin, que permanecia observador no extremo oposto da varanda, não precisou perguntar para que ele surgisse com o objeto no meio dos dedos. Aceitou-o de bom grado e não se surpreendeu com o fato de haver gravuras nele, era retangular e quando se abria para obter a chama, mostrava quatro cartas de baralho: Ás de ouros, Rei de espadas, Valete de copas e Coringa.

Naipes Cruzados: A Assassina De CartasOnde histórias criam vida. Descubra agora