12. Planos Ocultos

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Ela não podia confiar em ninguém, e isso já estava totalmente claro. Contudo, Gwendolyn se viu em um grande dilema — um dia após completar dois meses confinada no Castelo Volturi — enquanto observava a marca em sua mão.
Havia deixado passar aquele fato, tendo coisas piores para se preocupar durante aquele tempo, mas que naquele momento, estava intrigando-a. Seus dedos passaram lentamente sobre o símbolo da espiral cortada ao meio, como uma tatuagem. Por isso, teve uma ideia perigosamente estúpida: ela precisava de ajuda.
Mas a quem recorrer se estava no campo do inimigo?
Gwen mirou seus olhos no vampiro parado a porta do seu quarto, um notebook em suas mãos, enquanto seus olhos estavam vidrados na tela do aparelho. Ela suspirou, vendo a sua brilhante ideia bem em sua frente.

— Espero que já não tenha cansado de sua leitura assídua, Davis.

Revirando os olhos, ela moveu o olhar para o livro grosso e antigo em seu colo, ajeitando sua postura em sua cama.

— Não há nada nessas páginas que valha a pena, Volturi. — rebateu, ignorando a presença do vampiro o melhor que pôde. — O que me faz pensar que foi uma péssima ideia começar isso. Além de ter pedido sua ajuda.

Demetri Volturi parou em seu lugar, os olhos vermelhos observando a humana com interesse. Ela era, como ele mesmo já havia pensado inúmeras vezes, uma caixinha de surpresa. Foi em um dia após completar dois meses de sua presença ali que a humana pedira sua ajuda para uma questão discreta. O que significava que seu pedido poderia muito bem ser recusado pelo vampiro, já que não tinha ligação com nenhuma ordem de Aro, Marcus ou Caius. Seus mestres, os únicos a quem devia lealdade e obediência.

Porém, algo havia acontecido. Demetri não pôde ignorar o olhar desesperado que a humana mantinha enquanto lhe falava seu pedido; a expressão exausta — e ele sabia que não era apenas pelos treinos físicos para seu corpo humano ou pelas sessões médicas que tinha. Não. O vampiro sabia que poderia ser pelos pesadelos que a humana tinha todas as noites, já que ficava de guarda em sua porta. — e assustada. Ele entendera naquele momento que Davis estava pedindo ajuda para algo particular, que achara importante investigar. Algo que poderia ser triunfal para sua missão, para seu clã. Demetri decidiu que a última parte deveria ser mais importante, pelo menos, era o que queria acreditar.

Por isso, não se ofendeu com as palavras de Gwen. Com toda a graça que um vampiro possuía, tratou de ir até onde ela estava, sorrindo em desafio ao arquear de sobrancelha da humana quando o viu sentar-se na beirada de sua cama.

— A única péssima ideia que você teve foi duvidar de mim, Davis. — ele piscou, galanteador enquanto via a expressão irritada da humana. Ele adorava. — Vou esquecer seu comentário e pedir para nos concentrar-mos aqui.

Ainda irritada — por pedir ajuda de Demetri e pelo mesmo ter aceitado, embora ela soubesse que mais ninguém ali poderia ajuda-la. —, Gwen observou a tela do aparelho — ela havia feito uma piada sobre tecnologia e vampiros, que deixara o rastreador de mau humor um tempo atrás — que Demetri indicava. Nele, havia um site sobre um artigo em questão: o símbolo da espiral cortada ao meio.

— É o meu símbolo. — declarou ela, tocando o desenho em seu pulso.

Demetri assentiu, observando a marca na humana. Por ser um rastreador, o vampiro vira muito no mundo. Havia visto algo parecido — se fosse o que ele pensava —, mas não igual. Sabia que símbolos como aquele eram únicos, e que não surgiam do nada. Muito menos em qualquer pessoa.

— Símbolos transmitem informações para os seres humanos. — o Volturi proferiu, adquirindo a atenção da humana. — Mas símbolos como este são específicos. São criados para transmitir um aviso: poder.

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⏰ Última atualização: Jan 29 ⏰

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