De Repente Fico - GIRL ! DIMAURY

7. Chama Moça

Notas:

Oooooiiiii...

Talvez já estivesse claro, mas a partir daqui a linha do tempo da história começa a diferir mais da ordem dos eventos da vida real. Então reitero que a ordem cronológica das Dinaízinhas é a que me convém, e eu vou guiar vocês por ela. Dito isso, eu adoro quando vocês pegam os eventos reais que inspiraram os eventos daqui.

Curtam! Esse é um dos meus favoritos. Beijos.

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No dia seguinte, as coisas começam a se misturar.

É aniversário de Anaí, e qualquer vestígio de tensão que tenha restado do dia anterior se dissipa no momento que Diana abre a porta do camarim e sái correndo na direção dela, se atirando no seu pescoço, antes mesmo de tirar a mochila.

- Feliz aniversário, meu amor! - Braços cruzados ao redor do seu pescoço, a menor na ponta dos pés, o cheiro do seu cabelo ainda levemente úmido. Os braços de Anaí a enlaçaram pela cintura [Stream Laço on Spotify]. Era automático. - Você viu minhas mensagens?

- Mensagem? Cê mandou mensagem?... - A voz macia, meio perdida no calor do Rio que Diana trazia consigo e no carinho que elas tinham uma pela outra.

- Meu deus, eu não mandei? - Diana arregala levemente os olhos, afastando o rosto o suficiente pra olhá-la, os braços morenos ainda justos ao seu redor.

- Mandou não...

Ela lembrou que tinha dormido no sofá, com o celular na mão, de tão cansada. Acordou atrasada. Desbloqueou o celular só quando entrou no Uber, com o cabelo ainda molhado da lavagem expressa que não teve como adiar, e lá estava a conversa de Anaí, com apenas algumas sílabas de uma mensagem de aniversário que tinha digitado na madrugada anterior. Lennon a ligou praticamente no mesmo minuto para uma mini reunião de emergência.

A ruiva voltou a afundar o queixo em seu ombro.

- Nossa, desculpa, eu apaguei ontem... Eu só queria te dar os parabéns, dizer que eu tenho muito orgulho de você, que é um prazer imenso ver esse momento lindo da sua vida de perto. - Ela voltou seu rosto pra trás, envolvendo a bochecha escura com sua mão. - Olha aqui. Você merece tudo isso que tá vivendo, tá bem? Merece muito mais. Esse dia é todo seu.

Anaí a balança de um lado para outro pela cintura, sem perceber. Quem ainda estava no camarim, se sentia invisível. E estava mesmo. Porque Anaí a olhava com tanto amor, e seu rosto orbitava o dela como se fosse um satélite. E era só natural pra ela se expressar da maneira que o carinho lhe tocava, sem pensar muito nas implicações que isso teria em suas relações.

Se Diana não tivesse se envergado ainda mais (pense, com o corpo inteiro colado nela, dois braços a prendendo pela cintura) pra trazer seu rosto confuso dois centímetros pra trás, apoiando as mãos nos ombros de Anaí, ela teria lhe beijado ali mesmo.

Mas a mais alta percebeu o recuo sem quebrar o sorriso doce, sem tirar o abraço, e mergulhou seu rosto com carinho entre o pescoço e o ombro de Diana, as ondas cobre e e cachos escuros se misturando. Beijou-a algumas vezes no topo da cabeça, bem rápido, e pensou em como agradecer-lhe por tudo.

Diana parecia odiar discursos em público. O sorriso grande o suficiente pra diminuir os olhos negros de Anaí foi o suficiente.

- Beleza, e o meu presente? Cadê? - Anaí voltou á dinâmica habitual tão rápido quanto tinha amolecido, mas seus olhos continuavam derretidos. Tanto que foi Diana quem finalmente se soltou dos seus braços, pegando o celular para digitar alguma coisa.