Eu jamais esquecerei seu nome

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Eu olhava completamente espantada para Gin. Eu não acredito que tenho tanto azar assim, para esse bebum dos infernos logo aparecer na hora que tiro o capuz.

Pelo menos não foi o lixo do Sougo, que iria me encher no mínimo por uma semana.

— Não me diga... — eu sabia que ele iria pensar que eu estava de namorico. Agora eu terei o maior trabalhão para tirar essa ideia ridícula de sua cabeça e dos outros dois idiotas, que provavelmente saberão disso, já que esse bebum tem um bocão da porra. — Que você está comprando uma ervinha, sua zé droguinha do caralho?!

Mas que porra ele acabou de perguntar?!

— O quê?!

Foi a única coisa que consegui dizer, pelo o choque.

— Eu sabia!

— Vai dar o cu!

Gritei para o que Sebastian acabou de soltar.

— Vem cá! — o papudinho pegou fortemente o meu braço e me puxou mais para perto dele, como se fosse um pai furioso pronto para dar uma surra em seu filho. — Deixa de encher esse cu de maconha! Não tem vergonha nessa cara safada não?!

— Eu não sou maconheira! Eu sou estava...

— Cale essa boca, sua maconheirinha! — mas é o quê?! O que esse idiota acabou de gritar para mim? — Você acha que eu acredito mesmo que você não dá mais um traguinho no baseado, tendo essa cara de noiada da porra?!

Eu estava puta da vida. Eu já disse milhares de vezes para ele e para a mamãe, que eu não estava fumando com o Hiji. Só o papai e o Sougo que acreditou em mim, desde o começo. A mamãe só veio acreditar, depois de muita insistência minha e do papai, mas parece que esse pé de cana ainda pensa que eu sou uma drogada.

— Mas eu não fumo, porra!

Que caralho, velho! Quantas vezes eu terei que dizer que não sou maconheira? Será que terei que tatuar em minha testa "Eu não fumo, porra"?

— Cala a boca e me passa a maconha, para eu jogar fora!

Estendeu a mão para mim.

— Eu não tenho, desgraça! Eu só vim pelo Iphone!

Mostrei para ele o aparelho e a caixa que eu estava segurando.

— Não me diga que...? — me olhava assustado e eu já me preparava pela a porcaria que iria sair de sua boca. — Que você deu o priquito em troca do...?

Nem o deixei terminar; dei um grande soco em seu estômago que o fez cair de joelho no chão, já sem fôlego.

— Isso — eu apontava pra ele com o dedo indicador, aos berros. — é pra você aprender a não pensar merda de sua irmã!

Após isso, dei de ombros e fui saindo de sua presença, ignorando seus gemidos de dor. Agora, eu vou dormir que ganho mais...

- - -

Eu estava voltando para o meu quarto — eu queria logo dormir e esquecer tudo que aconteceu nesse dia, principalmente a raiva que estou agora do imbecil do Gin. Como é que ele pensa que eu transaria com um cara, e ainda um que eu nunca vi na minha vida, em troca de um iPhone? Tudo bem que eu gosto de dinheiro e gosto de ganhar coisas de graça, mas pensar isso já é demais.

Agora eu não estava mais com o capuz tampando o meu rosto, já que eu não precisava mais fazer isso, pois o bebum idiota já me viu e provavelmente vai contar tudo aos outros dois.

Virei em mais um corredor, faltando agora dois para chegar ao corredor que tem a frente do meu quarto, me deparando com um jovem de cabelo azulado. Ele estava encostado à parede, com as mãos dentro dos bolsos de seu casaco. Não sei quem é, e bem... Não estou a fim de saber, pois algo me diz que provavelmente é alguém que vai me deixar tão furiosa quanto aquele corno de antes.

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