Como ela é engraçada

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Finalmente chegamos à frente do internato — o caminho todo o papai e eu fomos calados, assim como Sougo; os únicos que se falaram entre si foram Gin e Hiji.

Eu não sabia onde colocar a minha cabeça, pela vergonha que eu estava sentindo.

Por quê? Por que eu não deduzi que a mamãe dizia aquilo e aqueles sons eram por eles estarem transando?

Como sou burra...

— Bom... — papai começou; ele parece estar tão envergonhado quanto eu. — Vejo vocês daqui alguns dias. E...

Por favor, papai. Não tente falar sobre esse assunto novamente. Eu quero esquecer, principalmente por lembrar que eu estava seminua a sua frente.

— Não se explica, coroa. — obrigada, Sougo, por evitar ele falar disso. — Apenas finjam que isso nunca aconteceu, como se fossem dois amigos de infância que acordaram na mesma cama, após ter transado loucamente por estar com o cu cheio de cachaça.

Que comparação mais merda. O que esperar desse imbecil?

— Como você é ridículo...

Balancei a cabeça negativamente.

— Obrigado.

Ele agradeceu sem expressão alguma.

— Vou saindo. — quero logo sair daqui. Por que isso é tão vergonhoso? — Aliás... — comecei baixinho, com uma das pernas fora do carro e com o rosto virado para onde fica o internato. — A única que vi pelada foi à mamãe. O senhor, eu apenas vi da barriga pra cima.

Eu não estou mentindo para deixá-lo mais tranquilo; realmente aconteceu isso por eles estarem de frente para a porta e a mamãe estar de quatro e com a cabeça levantada. Porém o horror de pegá-los transando foi tão grande, que foi quase como se tivesse o visto nu também.

Após isso, sem dizer mais nada, fui em direção ao porta-malas, após fechar a porta do carro — espero que ele fique mais aliviado ao saber da verdade, mesmo que não mude o fato que ele foi pego em uma situação constrangedora e que me viu seminua.

Depois de pegarmos nossas malas — eram malas pequenas, que colocamos roupas e tudo que usaríamos ou poderíamos necessitar lá. — e vermos o papai dar partida no carro dele, seguimos em direção ao edifício onde agora estudamos.

Eu não queria voltar para o internato, pois hoje é segunda-feira, dia que terão duas aulas de inglês com o meu pai biológico. Mesmo contragosto, eu fui com os outros até o porteiro para mostrarmos nossa identificação para entrar.

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Sougo e Berenice iam bem atrás dos gêmeos, parando no porteiro para mostrar o crachá de estudante do lugar.

Enquanto provavam para o homem que eram alunos do internato, poucos metros atrás deles parava uma limusine preta, onde saíram L, Light, Near e Misa. Sem saber que eles se aproximavam dela e dos irmãos, Berenice sentiu todos seus pelos se arrepiarem e seu instinto de animal herbívoro gritar bem alto.

— KYAAAAAAA!

Fazendo todos se assustarem pelo berro repentino, e vários olhares confusos foram em direção a ela que corria mais rápido que vítima de arrastão, em direção do portão que estava aberto e dava de entrada ao terreno do internato.

— Corre, piranha! Corre! — Hijikata gritava animado, por novamente poder dizer a frase preferida do primeiro filme da franquia Todo Mundo em Pânico. Ao ver o olhar de "Que merda tu acabasse de gritar pra ela?" que Sougo estava direcionando para ele, um pouco assustado decidiu se corrigir. — O que aconteceu, irmãzinha linda do meu coração?!

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