Vim Lhe Resgatar

Capítulo 4

— Ele está consciente? — não vai me interessar de nada se estiver apagado.
— Da última vez que verifiquei sim — fala Alexander como se não fosse nada.
— Tire essa coisa da cara dele, se não estiver consciente faça ele ficar — é tão difícil assim prestar atenção nas coisas?
— Claro minha senhora — consigo ver Alexander tirar o saco da cabeça do mordomo, assim que ele tirou o saco e a mordaça dele, começou a berrar.
— Você é sempre barulhento assim? — questiono ao mordomo. — Ou é somente quando você fica na frente de sua rainha? — assim que termino de falar ele arregala os olhos. Acho que não esperava por isso.
— Antes de mais nada, qual o seu nome? — não quero ficar chamando ele de mordomo, é meio rude não acha?
— Minha senhora, por que eu estou aqui? E a senhora poderia só ter me convocado eu viria ao seu chamado — diz ele
— Eu poderia? Claro, mas antes de eu lhe dar um motivo, responda a minha pergunta — digo já impaciente
— Eu me chamo Dameschex senhora — quando ele termina de falar o nome penso em uma coisa, que pais ruins ele tinha ou tem
— Ótimo, Dameschex, eu tenho umas perguntas a fazer para você — consigo ver seu rosto ficando pálido, além do claro medo que ele está sentindo consigo quase enxergar que ele vai tentar me trair... Coitado.

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Após sair de mais uma das reuniões diárias, finalmente consigo um tempo sozinha. Hoje pela manhã, um dos bibliotecários do palácio veio me visitar, com ele trouxe alguns registros sobre Morisia, mas nada que fosse muito importante. As principais informações eram sobre templos antigos em ruínas supostamente dela. Não tinha informação sobre que tipo de deusa era, a quanto tempo foi, porquê ou como parou de ser cultuado.

Além disso, estou tendo sonhos diferentes, parece quase que são uma continuação um do outro, mas nada faz sentido. Parece que o lugar é o mesmo, mas as pessoas não. Parece que eu estou entrando em eventos sem sentido, mas todos ocorrem no mesmo lugar, mas sem ligação.

Além disso, estive pensando em como fazer o meu marido perder a posição. Acho que eu descobri como. A forma acabou de entrar no meu escritório:

— Senhor Roset? É o senhor? — digo ao homem na minha frente, que na verdade é um cigano, aqui eles são muito comuns por conta das danças e músicas que apresentam. Soube do interesse do meu querido marido.
— Sou eu Vossa Majestade, mas pode me chamar de Elliot — diz fazendo uma reverência belíssima, realmente, ele é lindo. Agora entendi porque o Oliver está atrás dele, mas parece que meu marido não sabe de algumas informações.
— Certo Elliot, me diga qual o seu interesse no meu marido? — questiono a ele.
— Vossa Majestade
— Me chame de Nissa — interrompo ele
— Claro Nissa, seu marido vem me procurado a meses, mas nunca quis saber — diz ele se aproximando de mim — Seu marido foi o culpado da morte de várias pessoas importantes minhas, então sempre fiquei afastado de tudo que envolvesse a coroa desse reino. Jamais quis vir para cá. Só que tem um ano que ele matou a pessoa mais importante do mundo para mim — enquanto escuto o que ele diz só consigo pensar em como eu quero matar esse crápula.

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Assim que o Elliot termina sua história já sei o que fazer, mas precisa ser com cuidado pra ninguém suspeitar de nada.
— Elliot, vou tomar algumas providências sobre isso, quero pedir a sua ajuda para trabalhar nisso, até o final dessa semana vou lhe chamar — assim que termino de falar ele assente com a cabeça e se despede indo em bora.

Hoje o dia foi cheio, só quero ir para a cama, eu deveria ir para a biblioteca para falar com o Tomaz, mas estou com dores de cabeça só de pensar em falar com alguém. Só de me pensar deitada em uma cama quase fecho os olhos. Só que acho que dessa vez não vou ter essa sorte. Vejo Cristin na frente da minha porta, alguém deve ter entrado no meu quarto, mas para ela nem nenhum guarda terem impedido não pode ser qualquer um. Só tem duas pessoas atualmente com esse tipo de "poder'.
— Vossa Majestade eu tentei impedir ele de entrar eu juro eu — paro de ouvir a Cristin, não é culpa dela
— Cristin, fique tranquila, está todo bem. Chame o Alexander para mim por favor — assim que eu termino de dizer assente e sai correndo atrás dele. Que merda, não esperava ver ele durante algum tempo, mas vamos lá.
Assim que eu abro as portas do meu quarto consigo ver ele sentado na minha cama, realmente, um crápula mesmo.
— Veja só quem chegou, o que estava fazendo fora do quarto a essa hora?
— Estava trabalho, algo que tem tempo que você não faz, não é — digo tirando o manto que uso, ao mesmo tempo ele se levanta e começa ir até mim.
— Vejo que alguém está estressada, será que estava com saudade de mim? — assim que ele diz deixo escapar uma risada.
— Ah, tá. Lhe vi ontem, e eu poderia passar mais dois séculos sem lhe ver, Lorde David — consigo ver o mini sorrisinho se formando no seu rosto, nojento.