Capítulo 2

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Voltei! 

No decorrer dos capítulos eu cito algumas músicas. Seria interessante ouvi-las durante a leitura.

Vão me contando o que estão achando. Adoro essa interação.

xD

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Kelvin tossia quando chegava na areia segurando-se nas costas do seu salvador. O outro, por outro lado, segurava em seus braços a adolescente, quem quase perdeu a consciência por causa de uma câimbra. A família dela logo chegou e a levou com eles para acudi-la. O cantor estava deitado de costas na areia sentindo a água chegar em seu corpo. Precisava de um momento para se recuperar por completo do incidente. Respirava pesadamente agradecendo pelo ar entrar em seus pulmões.

- Hey, colega. Você está bem?

A voz de tom grave o fez abrir os olhos e seu campo de visão foi tomado por um homem, no mínimo, atraente. Era moreno, com uma barba rala e cabelos cacheados. Encorpado, tinha os músculos largos e estrutura bem maior que a do ruivo. A expressão era carregada de apreensão.

- Oi. – virou-se para levantar e não se demorou para ficar em pé, bem em frente ao desconhecido – Estou, sim. Obrigado, viu? – tampou a boca com o braço para tossir – Tentei ajudar a menina, mas não deu muito certo. – apontou para onde as ondas quebravam – Você fez aquilo parecer brincadeira de criança.

- É que tenho treinamento. Precisei trabalhar como Salva-Vidas por um tempo na época de faculdade pra me sustentar.

- Faculdade?

- É, daqui do Rio de Janeiro. Me formei em direito.

- Jura? Nossa, que lindo! Parabéns! – de tão animado quase deu pulinhos aplaudindo – Atua na área?

- Sim. – passou a mão na cabeça achando graça da calorosa felicitação – Meu foco são casos de homofobia.

- Acho que foi a coisa mais linda que já ouvi no último ano. Fico feliz por isso. É bem importante termos advogados competentes. A propósito, meu nome é Santana. Acho que depois do que você fez, o mínimo da minha parte é agradecer. Obrigado.

- Santana. Gostei do nome. Sou Ramiro. – estendeu a grande mão.

- Olá.

Por origem desconhecida, Kelvin gostou da textura da destra, principalmente quando ele sorriu timidamente pelo gesto cordial.

- Então, eu vou indo. Não posso demorar porque tenho que trabalhar.

- Pensei que tivesse vindo pra descansar.

- Também. Sou cantor. Vim pra me apresentar com a banda durante o horário de almoço e a noite.

- Ah, sim. Que bom!

- Tchau, tchau, Ramiro. Nos vemos por aí. – com um último sorriso se afastou do advogado e caminhou em direção ao Resort.

Num ato súbito, Ramiro o chamou:

- Santana!

Kelvin se virou e encontrou Ramiro parado em sua frente numa distância de dois metros.

- Escuta, eu vim sozinho pra relaxar um pouco. Não conheço ninguém. Topa irmos fazer alguma coisa na sua folga?

Se fosse em outra época Kelvin recusaria ao convite por ainda sofrer com o coração partido. Porém, estava num lugar completamente diferente cercado por pessoas novas. Não havia mal nenhum em aceitar.

Fugindo do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora