Capítulo 3

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Gente...

A partir daqui a história REALMENTE começa.

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Santana despertou com o contato dos raios de Sol diretamente no rosto às seis da manhã. Zonzo pelo sono pesado, demorou três segundos sem entender onde estava. Quando as cenas da noite anterior invadiram a sua mente, só não teve uma reação escandalosa porque não queria acordar Ramiro, quem dormia profundamente abraçado a ele em conchinha.

Levantou o mais silenciosamente possível para não acordá-lo. Vestiu as suas roupas o mais rápido que conseguiu sem fazer barulho e saiu de lá.

- Meu Deus do céu! O que eu fiz?! – murmurava caminhando pelo seu quarto com o telefone contra a orelha – Anda, amiga. Atende! Preciso falar com alguém.

Já havia tomado banho e, apenas com uma toalha na cintura, andava de um lado pro outro nervoso, ansioso e com um pouco de medo.

Passou a última hora tentando ligar pra Luana. Na última tentativa, quase jogou o celular na cama de tão frustrado antes de se arrumar. Parou em frente ao espelho do armário e se deparou com a sua imagem. A roupa era adequada. Uma camisa transparente sem manga, short jeans com pérolas brancas na borda e tênis brancos. O problema era a sua expressão facial. Mostrava todos os sentimentos conflituosos que ainda não verbalizou.

- Escuta aqui, Kelvin Santana. – apontou para o reflexo – Trate de se recompor. Hoje é um dia importante e é necessário passar uma boa impressão para os noivos. Só porque transou pela primeira vez com um cara que sequer namora e que conheceu há menos de duas semanas não é motivo pra quase ter uma crise nervosa. Anda, coloca um sorriso no rosto.

Ao ver seu sorriso desastroso, disse aborrecido pelo resultado:

- Essa merda vai ter que servir.

Para trazer um pouco de tranquilidade, deitou na cama descalço de barriga pra baixo para assistir a algum filme da Disney pelo celular. Ignorou as mensagens de Ramiro e, caso fosse interrogado, avisaria que não respondeu por estar dormindo. Seu foco era acalmar os ânimos e para alcançar o objetivo era necessário evita-lo.


Desceu quase nove da manhã, onde encontrou com os membros da banda ao acaso para tomar a primeira refeição do dia. Foi avisado de que os noivos já haviam chegado e após o almoço precisaria estar presente numa reunião com a noiva para discutirem sobre as playlist do casamento.

Depois de devidamente alimentado, caminhou pelo saguão pensando nas músicas ideais para a ocasião. Deduzia que a noiva era uma mulher mais tradicional, então talvez Oh, Happy Day ou My Heart Will Go On se enquadrassem no gosto particular da felizarda.

Metros à frente os três novos hóspedes conversavam com Berenice, quem sorria amplamente para eles. Enquanto as duas mulheres estavam alegres e animadas, o homem tinha um ar enfadonho, como se fosse desgastante para ele estar ali.

Santana anotava os títulos no celular absorto nos pensamentos sem avistar as pessoas de tão concentrado na atividade, então não viu quem o segurou na cintura por trás apertando de leve.

- Bom dia. – a inconfundível voz rouca disse antes de dar um beijo no topo da cabeça dele.

- Ramiro! – voltou-se para ele, quem tinha um discreto sorriso nos lábios – Bom dia.

- O que aconteceu hoje de manhã? Quando acordei você não estava lá.

- Ah, desculpa. É que... – claro que daria a meia verdade. Não mencionaria o quase ataque de pânico – Não queria atrapalhar. Tipo, achei que você se sentiria mais confortável sem mim por lá. Daí eu não queria ficar sobrando e nem numa situação desconfortável ou constrangedora. – tagarelava rápido gesticulando, mesmo segurando o celular com uma das mãos – E aí...

Fugindo do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora