Fugindo do Amor

Capítulo 4

Oiiii!

Olha quem voltou?!

Gente, estou liberando esse capítulo hoje porque vou viajar. Volto dentro de cinco dias, então decidi apressar um pouco a publicação pra vocês não ficarem muito tempo sem atualização.

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A primeira coisa notada por Ramiro ao despertar não foi o a luminosidade do quarto, mas sim Kelvin. Mais especificamente, a falta dele. Mais uma vez o corpo menor não estava contra o seu apesar de terem dormido juntos e isso o frustrou. Bastante.

A caminho de encontrar o grupo para fazer a trilha, a sua frustração deu lugar ao contentamento. Alguns passos à frente o rapaz caminhava devagar. Se esforçava para manter os olhos abertos por não gostar de acordar cedo. Usava um short colado, tênis amarelo e uma camisa preta sem mangas e de botões. Adoraria continuar dormindo. Se não fosse pelo convite, não teria levantado da maciez da cama do moreno às cinco e meia da manhã – e se manteve acordado desde então.

Ramiro foi até ele sorrateiro e o segurou pela cintura onde deixou um apertão.

- Bom dia, Kevin.

- Bom dia, Rams. – respondeu tranquilo tampando a boca com a mão pra esconder o bocejo preguiçoso.

- Mais uma vez sumiu hoje. – comentou voltando a caminhar ao lado dele numa trilha cercados por árvores, flores e diversas plantas.

- É que não posso ser visto assim com os hóspedes. Aí saio cedo.

- É só isso? – o fitou desconfiado.

- Claro.

- Tudo bem, então. Aproveitando que são seis da manhã, estamos escondidos nessas folhagens e aqui está vazio...

O puxou para si pelo pulso e deu um beijo prolongado, onde rapidamente sentiu o membro de Kelvin endurecer. Tão inesperado como o beijo começou, ele terminou contra a vontade de ambos.

- Podia me beijar assim com mais frequência, tá? Só uma ideia. Não tem nada te impedindo, viu? Longe de mim recusar seus beijos. – avisou completamente desperto e de bom-humor.

- Olha que se eu prometer eu cumpro. – segurou a mão dele pela primeira vez desde que se conheceram fora de um contexto sexual. O ato natural foi bem recebido e assim retomaram o caminho.

Se acomodaram numa mesa farta em frente à praia cuja reserva havia sido realizada pelo Resort. Lucinda e Caio estavam nas pontas. Frank e Petra estavam lado a lado tendo a visão do mar e Kelvin e Ramiro de frente a eles. Não demonstraram grandes interações, porém aproveitavam todas as oportunidades de pousarem a mão na perna do outro ou entrelaçarem as mãos graças a longa toalha perolada.

- Não acredito que vai passar uns bons meses aqui. – falava Petra amarrando os cabelos com uma chucha para eles não atingirem o rosto – Deve quase desmaiar pela beleza do lugar. Sente saudade de onde morava? Tipo, foi uma mudança bem grande. Se afastou de amigos e familiares pra vir pra cá.

- Até que não. Não tem nada lá me esperando. Eu achei estragar algo que pensei ser bom pra mim.

- Não foi você. – a voz de Frank saiu tão grave que o irmão e o amigo lhe lançaram um olhar sério – O Cre estragou tudo ao não lançar o álbum. – a suavizou antes de tomar um gole de café.

- O Frank me contou. Sinto muito. – a noiva foi sincera.

- Ah, sim, é um detalhe. Na verdade, não me referi ao álbum. Me referi ao meu ex noivo.