Capítulo 5

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Voltei!

Eu sei que demorei, mas fiquei toda bugada, gente. Estava doente e só segunda-feira de noite que comecei a melhorar. Acho que é o capítulo mais rápido que escrevo na minha vida. 

Ah, uma coisa. Numa cena que tem ao final, me inspirei num desenho de uma página no Twitter chamada Chromo.

barderola

Se vcs procurarem no Twitter, certeza que vão achar.

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Luigi era conhecido por ser um homem divertido, vaidoso e naturalmente alegre. Sua essência era aprazível e sempre tinha a barba e o cabelo muito bem alinhados – até porque se preocupava com sua aparência. Vestia seus típicos ternos sem um único amassado sequer e os calçados eram brilhantes.

Infelizmente, todas as características acima ficaram em segundo plano há três meses, quando Petra lhe mostrou o anel de noivado.

Era apaixonado por Petra La Selva há quase seis anos e nunca teve coragem de admitir para a mulher seus sentimentos em voz alta. Receava perder a amiga ou que a informação a afastasse dele por atrapalhar a antiga amizade.

Para não comparecer ao casamento precisou inventar inúmeras desculpas. Dentre elas, que não poderia abandonar a empresa que, recentemente, começava a crescer financeiramente. Caso fosse do interesse do italiano bem-apessoado, colocaria o irmão para assumir os negócios por duas semanas, quem trabalhava tão bem quanto Luigi.

Na última semana não havia cuidado de sua imagem, o que lhe era incomum. Estava sentado se cueca no sofá da sala com os cabelos bagunçados, a barba por fazer e tomando uma latinha de cerveja. Não gostava do sabor amargo, porém era uma forma de se distrair para evitar pensar na amada.

Atendeu ao telefone no terceiro toque assim que viu o nome dela na tela. Após ouvi-la pedindo por sua presença porque estava confusa e tinha suspeitas de que havia algo de errado, não hesitou em arrumar sua bagagem para a viajar.

Conversou com Irene e, junto aos pais de Petra e outros amigos e familiares, partiu para o Resort num jatinho particular. Não desejava vê-la se casando por motivos óbvios, mas o bem-estar dela era mais importante para ele do que suas próprias fraquezas.


Chegaram ao Resort ao mesmo tempo que a família Neves e foram recepcionados pelo casal de noivos. Logo ali era clara a discrepância comportamental de ambas as famílias. Enquanto os La Selva eram todos sorrisos, abraçavam a filha e demonstravam genuinamente seu contentamento pela moça, os Neves não pareciam tão à vontade ou felizes. Na verdade, Nice, mãe de Frank e Ramiro, não demonstrava qualquer simpatia. Sua expressão constante de nojo, como se estivesse sentindo o cheiro de algo podre debaixo do nariz, já era o suficiente para confirmar a instabilidade da mulher.

- Ramiro, meu filho! – Nice abraçou o moreno – Vamos, deixe-me dar uma boa olhada em você.

Separou-se para avalia-lo de cima abaixo. Ainda o segurando pelas mãos, disse:

- Perfeito, como sempre. Fiz um menino muito lindo, mesmo. – disse com uma pontada de orgulho.

- E eu não tive nenhuma participação nessa história? – Tadeu colocou as malas no chão afobado para cumprimentar o filho.

- Só na parte ruim, é claro.

Ramiro e Frank fizeram uma careta de incomodo porque sabiam sobre a quem ela se referia. Na família de Tadeu haviam duas pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ assumidas e que viviam com seus respectivos namorado e namorada. Se recusavam a estar presentes no mesmo ambiente que Nice e o advogado não os culpava. Na verdade, lhes dava razão.

Fugindo do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora