Rasgaram minha pele, tamparam minha boca, gritei a plenos pulmões e me tornei rouca.
Há certas coisas que falo e não penso; julgam-me por agir assim quando fazem o mesmo, mas não quero ser igual. Só quero ser vista como humana, como alguém que clama por ajuda, socorro, respeito; como alguém que não tem medo de queimar por fora e por dentro, de incendiar o mundo, de soltar o que está dentro do peito.
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Teto de Vidro
Poesía"Cuspam em mim todos os teus julgamentos, apontem sobre meu rosto teus dedos de mãos que deveriam acolher, não condenar; dedos estes que cutucam feridas abertas que já não consigo mais estancar, que ao jorrar sangue sobre meu corpo ainda sou culpada...