Olímpia
Eu deixei o hospital, deixei minha mãe com uma promessa. Que eu iria levar o homem que nos tirou tudo, ao fundo do poço. Eu estou determinada e eu vou fazer o desgraçado que acabou com as nossas vidas pagar, ou eu não me chamo Olímpia Larson.
Quando cheguei, constatei que quando eu saísse do taxi eu nao sería mais a Olímpia amorosa, carinhosa e afável, eu seria o furacão que iria levar o império dos Cameron a ruína.
- Aqui senhor - entrei a taxa ao taxista e saltei do carro.
A fachada do prédio me deixou receosa, mas não liguei, entrei no edifício com a cabeça erguida.
- Olá, - eu disse a recepcionista loira e antipática na entrada - sou Olímpia Larson, sou a nova...
- Administradora, eu fui informada sobre você, pode entrar, seu andar é o décimo segundo.
- Obrigada - exibi um sorriso fino nos lábios e sai.
Meu estômago protestou mas eu não iria ceder, não iria voltar atrás, eu precisava disso, não só do emprego, pois estamos precisando, mas eu precisava fazer com que ele sentisse, com que ele soubesse o que é o pouco da dor que nos sentimos.
Eu saí do elevador entrando no andar administrativo, eu já tinha conhecido o lugar quando vim deixar meus documentos após ser selecionada, então eu sei que se eu andar em linha reta e virar no final do corredor, eu chegaria a minha sala.
Ter feito faculdade em Harvard me deu um pouco de credibilidade na hora de admissão e ter estagiado em uma excelente empresa foi meu passaporte para dentro da empresa de Cal Cameron, o homem que acabou com a minha vida.
A sala é pequena, com uma janela e uma estante com algumas gavetas, possui uma mesa e uma cadeira de escritório. Respirei fundo, olhando para tudo. Vamos Oli, você consegue.
Conversei com a diretora, Cyntia Morrison, e ela me passou todas as papeladas, e todos os contratos que eu deveria analisar. Eu seria responsável pelo setor de contabilidade, ou seja, todos os lucros e gastos seriam designados para mim e minha equipe. O pessoal eu conheci depois, quando eu precisei entregar uma pilha de contas para serem feitas e avaliadas.
- Bom, meu nome vocês já sabem, agora eu quero saber o de vocês - falei, olhando nos olhos de cada um.
- Sou Vitória, mas todos aqui me chamam de Vic - disse uma garota, de pele preta e cabelos negros como a noite, ela tem traços finos o que me lembrou uma criança, ela deve ter no máximo vinte e dois anos.
- Sou o Leo - disse um rapaz muito bonito, de pele parda e cabelos castanhos, que sustenta belos olhos cor de esmeralda.
- E eu sou a Hanna - disse a menina no fundo, ela é loira e possui um porte gordinho.
- É um prazer conhecer a todos e eu espero que juntos possamos fazer um ótimo trabalho - eu disse sustentando uma expressão calmo e afável no rosto.
- A senhora veio da BM, certo? - perguntou Hanna.
- Sim - balancei minha cabeça lentamente.
- Como era trabalhar lá, digo, é uma empresa muito...Ah... extra...
- Ela está tentando dizer que a BM e a C&C são muito diferentes - disse Leo. Hanna ruborizou. Provavelmente ela é muito tímida.
- Ah, sim , são diferentes por lá ter mais profissionais e mais trabalho,l, além de ser uma das maiores empresas do Estado, mas se estão perguntando porque vim para cá, bem - andei de um lado para o outro calmamente, olhando para a sala da minha equipe - aqui eu tenho um emprego, reconhecimento e sou paga pelo meu trabalho, é um excelente emprego pois aqui, fui reconhecida pela minha capacidade profissional. É por isso que estou aqui.
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Me Perdoa
RomanceOlímpia teve sua vida transformada por uma mentira e tudo o que ela deseja é vingança. Será que a vingança terá um custo alto demais? Ou talvez, nada seja como aparenta ser? By, Ani Melo.