Isabela, Isabela - Jonathan dá leves batidas no meu rosto.
Abri os olhos e olhei ao redor. Eu estava na cama e Jonathan estava sentado ao meu lado.
O que houve? - Pergunto.
Você desmaiou nos meus braços - Jonathan diz.
Está tudo bem? Não está sentindo nada? - Pergunta.
Não sei, acho que estou bem - Digo confusa.
Está de alimentando direito? - Pergunta.
Eu não sei - Digo.
Quando foi a última vez que comeu? - Pergunta.
Há uns dois dias, eu acho - Digo.
Eu vou deixar a bronca pra depois. Eu preciso te levar até o hospital - Ele diz.
Mas eu estou bem - Digo.
Não por você, Bela. A sua mãe está internada. Eles te ligaram inúmeras vezes e você não atendeu - Jonathan diz.
O que aconteceu? - Pergunto preocupada.
Ela estava saindo do supermercado e foi atropelada por um carro, aparentemente o motorista estava embriagado - Jonathan diz.
Não, minha mãe não - Digo soltando algumas lágrimas.
Me levantei rapidamente e senti uma tontura muito forte, tendo que me segurar na parede para não cair.
Calma, vai devagar - Jonathan segura na minha cintura.
Eu preciso ir ver minha mãe - Digo chorando.
Eu vou te levar até ela, calma - Diz.
Eu sabia que algo não estava bem, eu estava sentindo isso - Digo.
Coloquei outra roupa com a ajuda de Jonathan e nós saímos do quarto, logo saímos do hotel. Fomos para o carro dele e ele começou a dirigir, a todo momento eu tentava retornar para o número que me ligou diversas vezes, queria saber o estado da minha mãe.
Fica tranquila, vai dar tudo certo - Jonathan diz.
Chegamos em um hospital e eu entrei rapidamente, Jonathan saiu do carro e veio correndo atrás de mim. Cheguei na recepção eufórica.
Posso ajudar? - A recepcionista pergunta.
Ana Lúcia Ferreira Monet, ela deu entrada neste hospital - Digo.
Só um minuto - Ela diz mexendo no computador.
Quarto dezessete - Diz.
Fui depressa até lá e vi vários médicos com ela, um dos enfermeiros entrou na minha frente e disse que eu não poderia entrar.
Eu vou entrar sim, eu sou a filha dela - Digo passando pelo homem.
Cheguei até a minha mãe e eu só senti vontade de chorar. Ela estava um pouco ensanguentada e estava com um tubo para ajudar na respiração.
Qual o estado? - Pergunto.
Bem grave - Um dos médicos diz.
Ela aparenta ter lesões bem graves e está desacordada desde que chegou - Diz.
Íamos subir com ela para a cirurgia - Outro médico diz.
Eu quero entrar - Digo.
Não é possível, senhorita - O médico diz.
Senhora, e é possível sim - Digo.
Eu sou Isabela Monet, e eu quero a licença para entrar nessa cirurgia - Digo.
Não é permitido familiares, não importa se é médico ou não - Diz.
Não me interessa, eu vou entrar - Digo.
Saí do quarto depressa e o Jonathan veio atrás de mim, ele puxou o meu braço e segurou no meu rosto.
Isabela, calma - Jonathan diz.
Eu não posso, preciso salvar a minha mãe - Digo.
Fica tranquila, você não conseguirá nada assim - Diz.
A minha mãe, Jonathan - Caio no choro.
Eu sei, eu sei. Vai ficar tudo bem - Ele me abraça.
Jonathan me levou até uma das máquinas de bebidas e comprou uma garrafa d'água. Ele a deu para mim e eu comecei a bebê-la.
Eu entendo que você está nervosa, mas é necessário que você mantenha a calma - Jonathan diz e eu concordo.
Fui caminhando pelo hospital devagar e pedi ajuda aos seguranças para chegar na sala do chefe ou gerente, qualquer um dos dois serviria.
[...]
Bati na porta do gerente do hospital e pedi para o Jonathan me esperar fora da sala. Eu entrei e ele me pediu para se sentar.
E então? - Ele pergunta.
Eu quero uma autorização para auxiliar em uma das cirurgias que será feita aqui - Digo.
De quem seria? - Ele pergunta.
Ana Lúcia Ferreira Monet, é a minha mãe - Digo.
Você é Isabela Monet, não é? Já ouvimos muito sobre você - Diz.
Sim, eu mesma - Digo.
Adoraria te ajudar, Isabela, mas você conhece as normas - Diz.
Faz essa exceção, por favor. Minha mãe e eu somos pagantes do convênio desse hospital há mais de trinta anos - Digo.
Não sei, doutora - Diz.
Eu posso ajudá-la, não vou deixar a familiaridade interferir - Digo.
Tudo bem. Eu vou autorizar que você comande a equipe - Ele diz pegando um papel.
Muito obrigada - Digo.
Quero um médico auxiliar, três enfermeiros, um anestesista e um instrumentador - Digo.
Providenciarei tudo - Ele diz.
Valores não importam, quero os melhores - Digo e me levanto.
Aqui está a licença, pegue um crachá na recepção e marque a cirurgia - Diz e me entrega um papel.
Saí da sala e o Jonathan estava encostado na parede mexendo no celular. Ele me olhou esperando uma resposta e eu respirei fundo.
Eu vou fazer a cirurgia dela - Digo.
Hoje? - Pergunta.
Eu preciso que seja hoje, não temos tempo - Digo.
Tudo bem. Boa sorte! - Diz.
Obrigada, Jony. Pode ir pra casa, você não tem mais nada para fazer aqui - Digo.
Tenho sim, vou estar na sala de espera aguardando notícias - Ele diz.
Jonathan deu um beijo na minha bochecha e saiu. Eu fui até a recepção e mostrei o papel, eles me deram um crachá indicando que eu não era do hospital e eu marquei a cirurgia para daqui alguns minutos. Fui até o quarto que a minha mãe estava e os médicos e enfermeiros ainda estavam lá. Fui até o médico que estava com a prancheta e a peguei sutilmente.
Eu sou a doutora Isabela Monet Calleri, estou assumindo o caso a partir de agora, então qualquer coisa, vocês comuniquem a mim e sigam as minhas ordens - Digo e todos concordam.
Todos estão liberados, menos um dos enfermeiros - Digo e eles saem.
Fica com ela, eu vou me aprontar - Digo e ele concorda.
Fui até o vestiário do hospital com a ajuda das placas e peguei a roupa cirúrgica. Coloquei o protetor nos pés, a touca e respirei bem fundo. Segui até o refeitório e peguei um café para aguentar todas as próximas horas em pé. Fiquei alguns minutos lá e aproveitei para ler o prontuário dela, logo um dos funcionários veio me avisar que já estava tudo pronto.
_________________________
bom sabadou pra vocês. Agora irei para Hogwarts.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝙴𝚇 𝙰𝙼𝙾𝚁: 3° 𝘛𝘌𝘔𝘗𝘖𝘙𝘈𝘋𝘈 | 𝗝𝗼𝗻𝗮𝘁𝗵𝗮𝗻 𝗖𝗮𝗹𝗹𝗲𝗿𝗶
Fanfiction"Terceira, e última, etapa da história EX AMOR." [+16]