- Dia seguinte -
Acordei um pouco mais disposta e me levantei. Tomei um banho rápido para despertar, coloquei uma calça jeans e uma camiseta branca. Desci até a sala e todos estavam tomando café da manhã enquanto assistiam TV. Eu comi apenas uma maçã.
Você pode me levar para o hospital? - Pergunto.
Claro. A babá já está chegando, daí vamos - Jonathan diz.
Tá bom - Concordo.
Eu preciso ir treinar, mas passo rapidinho ver como sua mãe está - Ele sorri e eu sorrio.
[...]
Ana, a babá, chegou para cuidar das crianças e Jonathan e eu saímos. Eu pedi para ele parar em uma floricultura e comprei um ramo de flores lindo para a minha mãe. Seguimos para o hospital e eu entrei conversando com o meu marido, ou ex, não sei de mais nada. Estava bem animada pela recuperação dela e amei ter conversado com ela ontem.
Chegamos no corredor do quarto que ela estava e eu vi uma movimentação estranha, acelerei os passos e vi de longe que ela estava tendo uma parada cardíaca, um dos médicos estava segurando os desfibriladores. Joguei as flores no chão e corri para o quarto, peguei o objeto das mãos do médico e coloquei no peito dela.
Carrega em 200 - Digo.
Afasta - Digo.
Sem resultados - O enfermeiro diz.
Carrega em 250. Afasta - Digo.
Ainda sem mudanças - O enfermeiro diz.
250, vamos - Digo novamente.
Afasta - Digo.
Doutora, sem resultados - O enfermeiro diz.
Não, não, não. Carrega em 300 - Digo em desespero.
Doutora Monet - O médico diz.
Carrega em 300, agora - Ordeno.
Afasta - Digo.
Sem novidades - O médico diz.
Há quanto tempo? - Pergunto com a voz embargada.
Já fazem vários minutos, doutora. É tarde - O enfermeiro diz.
Não acredito nisso - Digo baixo.
Já sabe as sequelas, doutora. Acabou - Outro enfermeiro diz.
Soltei o aparelho e levei as mãos aos olhos para secar as lágrimas. Eu não consigo acreditar, eu me recuso a acreditar!
Que horas são? - Pergunto.
Dez e vinte quatro da manhã - O médico diz.
Hora do óbito, dez e vinte quatro - Digo entre lágrimas.
Peguei o prontuário e comecei a ler, com dificuldade por causa das lágrimas. Vi que ela teve muitos sintomas indicativos de uma infecção durante a madrugada e não foi medicada, nem nada.
O que aconteceu? O que vocês fizeram? - Pergunto irritada.
Não tivemos controle - O enfermeiro diz.
Ela teve febre alta durante a madrugada - O médico diz.
Porra, por que vocês não me ligaram? - Pergunto irritada.
Olha o que vocês causaram - Digo.
Eu pedi para ficarem de olho nela - Digo irritada.
Ela provavelmente teve uma infecção pós operatória - O enfermeiro diz.
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𝙴𝚇 𝙰𝙼𝙾𝚁: 3° 𝘛𝘌𝘔𝘗𝘖𝘙𝘈𝘋𝘈 | 𝗝𝗼𝗻𝗮𝘁𝗵𝗮𝗻 𝗖𝗮𝗹𝗹𝗲𝗿𝗶
Fanfic"Terceira, e última, etapa da história EX AMOR." [+16]