- Quebra no tempo -
Muito tempo havia se passado, eu não sabia quanto exatamente, mas a sensação era de que foram longas horas, podem ter se passado dias. Eu estava trancada nesse quadrado escuro há tempos e não recebia nada, comida, água, nada mesmo. Estava muito fraca, boca seca, dor por todo o corpo, frio.
Fiquei tentando contar o tempo que estava aqui, mas desisti, não teria como saber exatamente. Estava sentada no chão sujo desse cômodo abraçando as minhas pernas, por causa do frio, e entraram no lugar. Era o "chefe", o pior.
Levanta, piranha - Ele agarra nos meus cabelos.
Tá me machucando - Digo.
Você tá com fome? Sede? - Ele pergunta e eu concordo.
O outro homem entrou no quarto com um balde e eles jogaram água gelada com pedras de gelo em mim, isso só misturou com o vento gelado do lugar e deixou tudo pior. Percebi que o "segurança" só seguia as ordens mesmo, não parecia feliz com o que fazia.
Espero que tenha curtido o banho - Ele ri.
Eles saíram e fecharam a porta. Eu me sentei no chão de novo e fiquei esfregando os meus braços para tentar me aquecer de alguma forma. Fechei os olhos e encostei na parede. Apesar da dificuldade, consegui cochilar um pouco. Acordei sentindo uma presença no comodo e mais uma vez o "chefe" estava lá.
A Bela adormecida acordou - Ele diz.
Dei algumas tossidas e o olhei novamente. Ele se aproximou de mim e me levantou, eu quase não consegui parar em pé, então ele me segurou com mais firmeza.
Isso tudo é culpa sua, fujona - Ele diz.
Vou pedir uma grana pro seu maridinho, com certeza ele pagaria uma fortuna por você - Diz.
Me deixa ir, por favor - Imploro.
Talvez quando me pagarem - Ele diz.
Eu já estou perdendo a paciência. Os dias estão passando e eu ainda não recebi novidades - Diz.
Você só está me dando trabalho, eu deveria me livrar logo de você - Ele diz me encarando.
Não seria má ideia aproveitar a sua companhia por aqui - Ele diz com um sorriso malicioso.
Não, por favor - Começo a chorar.
Você realmente é muito bonita. Deve ser boa em tudo que faz, doutora - Ele diz e eu nego.
Essa sua cara de menina mimada me instiga - Ele passa a mão pela minha boca.
Pode fazer o que quiser comigo, não vai ser correspondido. O único que me faz gemer igual uma maluca, é o meu marido - Rio e ele me solta.
Puta - Ele diz e sai.
Respirei aliviada e voltei a me encolher no canto do cômodo, a minha visão estava turva, a minha cabeça doía e os meus braços estavam roxos por causa dos apertos. Quando achei que teria paz, a porta foi aberta. Eu me assustei e vi o "segurança" entrando. Ele estava com um copo na mão.
Toma, menina - Ele diz.
Obrigada - Pego e bebo tudo rapidamente.
É só colaborar que nada vai acontecer - Ele diz e eu concordo.
Encostei a minha cabeça na parede e a imagem de Jonathan veio na minha mente, como eu sinto falta do seu abraço, do seu beijo, do seu calor. O seu sorriso invadiu os meus pensamentos e eu dei um sorriso.
Comecei a lembrar dos nossos momentos juntos e de todas as nossas noites de amor. Fui até a porta e dei algumas batidas, ouvi o "segurança" me perguntando o que eu queria. Eu pedi ajuda e ele entrou no lugar.
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𝙴𝚇 𝙰𝙼𝙾𝚁: 3° 𝘛𝘌𝘔𝘗𝘖𝘙𝘈𝘋𝘈 | 𝗝𝗼𝗻𝗮𝘁𝗵𝗮𝗻 𝗖𝗮𝗹𝗹𝗲𝗿𝗶
Fanfiction"Terceira, e última, etapa da história EX AMOR." [+16]