- 💌 𝗠𝗮𝘅𝗶𝗻𝗻𝗲 𝗕𝘂𝘅𝗯𝗮𝘂𝗺 sempre soube que seu vizinho não seria um bom namorado. Apesar de todos acharem 𝑴𝒂𝒔𝒐𝒏 𝑻𝒉𝒂𝒎𝒆𝒔 um garoto simpático, charmoso e muito bonito, Max tinha certeza que, na verdade, ele era um chato e metido a b...
"Sou só uma mulher, que está de frente de um homem, pedindo a ele para amá-la" — Um lugar chamado Nothing Hill.
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Max Buxbaum
Minha mãe me ensinou a regra de ouro dos relacionamentos assim que entrei no ensino fundamental.
Na plena maturidade dos meus sete anos, entrei no quarto dela após ter um pesadelo (é que um cachorro gigante do tamanho da sua casa pode não parecer assustador, mas quando ele fala seu nome com uma voz totalmente aterrorizante de robô, pode acreditar é terrível).
Na tv quadrada sobe a cômoda, estava passando O diário de Bridge Jones, e assisti a boa parte do filme antes que que minha mãe percebesse que eu estava ao pé da cama. Quando menos percebi já estávamos aconchegadas uma ao lado da outra, e então assistimos o final feliz juntas.
Mas minha mente infantil simplesmente não conseguia entender. Por que Bridge abriria mão do cara fofo — o mais lindo e charmoso — para ficar com o que era um chato metido a besta? Qual o sentido disso?
É.. passei longe de entender a mensagem do filme e me apaixonei loucamente pelo conquistador. Até hoje me lembro da voz da minha mãe e do cheiro de baunilha do seu perfume enquanto ela brincava com meu cabelo e tentava me explicar a situação:
— Charme e intriga só até certo ponto, Maxie. Essas coisas sempre perdem o sentindo, por isso você nunca, jamais, deve escolher o Bad boy.
Depois daquele dia compartilhamos centenas de momentos parecidos, explorando a vida juntas por meio de filmes românticos.
Era nosso lance.
A gente se entupia de biscoitos e muitas besteiras, relaxava a maratona a coleção dela de finais felizes cheios de beijos do mesmo jeito que outras pessoas maratonavam reality shows cafonas.
O que, pensando bem, deve ser o motivo pelo qual eu espero o cara perfeito aparecer desde que tinha idade suficiente para soletrar a palavra "amor".
Quando minha mãe morreu, ela me deixou seu legado — a crença inabalável no " felizes para sempre" minha herança foi a percepção de que o amor está sempre no ar, é sempre uma possibilidade, e vale a pena.
O cara ideal — ou seja, bacana e confiável — podia estar me esperando ao virar a esquina.
Por isso eu sempre estava preparada. Era apenas questão de tempo até que finalmente acontece comigo.
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