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"Ninguém acha sua alma gêmea com dez anos de idade.
Qual seria a graça se fosse assim?"
Doce lar.

Qual seria a graça se fosse assim?"— Doce lar

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Max Buxbaum

O dia começou como qualquer outro.
O Sr. Louis deixou uma bola de pelos no meu chinelo, queimei a orelha com a chapinha e, quando abri a porta pra ir para a escola, dei de cara com meu maior inimigo, que também é meu vizinho, esparramado no capô do meu carro.

— Ei! — tranquei a porta de casa e fui em direção ao veículo, com cuidado pra não sujar minha sapatilha vermelha ao praticamente correr até ele. — Sai de cima do meu carro.

Mason saltou do capô e levantou as mãos, fazendo a pose universal de inocência, embora o sorrisinho de lado transmitisse exatamente o contrário. Além disso eu o conhecia desde o jardim infantil; aquele garoto nunca foi inocente.

— O que você tem na mão? — perguntei.

— Nada. — o mais alto responde.

Ele escondeu a mão em questão nas costas. Embora tivesse ficado alto, sem qualquer traço infantil e fosse um pouco atraente desde do fundamental, Mason continuava o mesmo garoto imaturo que "sem querer" queimou a roseira da minha mãe com uma bombinha.

— Você é tão paranoica — disse ele.

Parei á frente dele e o encarei com os olhos semicerrados. Mason tinha aquele rosto de garoto travesso, cujo os olhos castanhos entregavam tudo, mesmo quando a boca não dizia nada.

As sobrancelhas erguidas indicavam o quanto ele me achava ridícula.
Com base em nossos muitos encontros desagradáveis, eu sabia que os olhos semicerrados queriam dizer que ele estava me avaliando, e que estávamos prestes a discutir a irritação mais recente que ele tinha me causado. Quando seus olhos brilhavam como agora, quase reluzentes de tanta provocação, eu sabia que estava ferrada. Porque o Mason provocador sempre vencia.

Cutuquei seu peito e perguntei:

— O que você fez com meu carro?

— Eu não fiz nada com seu carro, per se.

— per se? — perguntei confusa.

— É. Não sabe o que significa, Buxbaum?

Revirei os olhos, o que faz com a boca dele se curvasse em um sorriso provocante.

— Nossa conversa está divertida. Aliás, amei seus sapatos de vovozinha, mas preciso ir — disse ele.

— Mason.. — chamei ele.

𝗔𝗯𝗼𝘂𝘁 𝗬𝗼𝘂' Mason Thames Onde histórias criam vida. Descubra agora