In Your Eyes - Parte 1

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Jeongyeon P.O.V

A única certeza que temos na vida é a morte

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A única certeza que temos na vida é a morte. Irônico, não? Nascemos sabendo que um dia, mais cedo ou mais tarde não estaremos mais aqui. Estamos todos apenas de passagem nesta vida. E mesmo nesse curto espaço de tempo, temos que enfrentar tantas coisas. Tantos conflitos, lutas, barreiras de todos os tipos. Por mais que pareça que o outro é mais feliz, que tem uma vida boa, a verdade é que todos temos nossas barreiras, nossos demônios a enfrentar. Não importa sexo, cor, religião, classe social ou aparência. Todos passamos por dores e alegrias. Mas sempre tem aqueles cujo carma é mais severo, onde as dores são sempre maiores que as alegrias. E essas pessoas são as que precisam de apenas uma coisa para poderem se reerguer a cada desmoronamento em sua vida. Amor. O amor é o sentimento mais puro e divino que existe. Somente ele pode tirar a dor de alguém, como também pode causa-la. Mas sempre será o amor que moverá montanhas, acabará com guerras, que acalentará a alma sofrida.

Por mais que o mundo pareça dilacerante um gesto de amor trás luz na escuridão, o amor é lindo, mas também pode ser cruel se não é nos dado da forma correta. Pois o amor tem várias formas e interpretações e cabe a nós aprender cada uma delas.

Infelizmente existem os desafortunados que não recebem o amor daqueles que os deveriam amar incondicionalmente, pois um filho é um pedaço de você, é sua continuação. Se já nascemos sabendo que a morte é certa, um filho é a garantia de que de alguma forma uma parte de você continuara vivo. É impossível não amar seu próprio fruto, independente de qualquer imperfeição. Mas infelizmente, nem todos tem a honra de ter ao menos a forma de amor que lhe é direito. Amor fraternal.

O silêncio era como sempre meu companheiro sendo quebrado única e exclusivamente pelo som de bip da máquina hospitalar ao meu lado. Como imaginei meus pais fariam de tudo para passar o máximo de tempo possível longe de mim. E na verdade não reclamo, pois a solidão é mais reconfortante do que o que sinto na presença deles. Me sinto um estorvo, uma intrusa em minha família, em minha casa.

O tempo passa devagar, ouço passos apressados e diálogos incompreensível do outro lado da porta e fico imaginando os vários casos que venham a aparecer no hospital. Quantas vidas sendo salvas e outras sendo perdidas nesse mesmo instante. A maioria lutando para continuar vivendo e eu querendo apenas ir.

Esse pensamento me mostra o quão egoísta estou sendo por pensar em tirar minha própria vida onde existem várias outras pessoas lutando para continuar vivendo. Sei que existem muitos outros problemas piores e situações mais agravantes do que a minha, mas sou fraca, não tenho mais forças para viver assim, não tenho motivos para querer continuar aguentando tudo sozinha. Não tenho uma razão para enfrentar meus medos, minhas lutas. E no fundo isso era tudo o que eu queria. Uma razão. Uma única razão para me fazer querer ficar.

Já fazem alguns dias que estou aqui no hospital e depois da minha primeira conversa com a doutora Minnie, ela é a única que vem passar mais tempo comigo. Sunmi vem de vez em quando, mas fica apenas o tempo da visita. Até dormiu aqui na primeira noite mas foi tão desconfortante tê-la aqui como se estivesse sendo obrigada a ficar comigo que eu lhe afirmei que podia ficar sozinha sem problemas, e nem precisei insistir pois pude até sentir o seu alivio em não ter que ficar.

Se Eu Não Tivesse Você | JeongHyo G!POnde histórias criam vida. Descubra agora