As vezes nos percalços da vida tudo que precisamos é de alguém para nos apoiar.
Jihyo se vê grávida aos 18 anos e abandonada pelo pai da criança contando com o apoio de sua familia ela tenta aprender a cuidar de si mesma e de uma nova vida que esta...
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O céu estava completamente azul naquele dia, mas a leve brisa dava o frescor necessário e um charme a mais no ambiente.
As palmeiras balançavam no ritmo das ondas ao fundo. Mesas com toalhas brancas e pequenos lírios no centro enfeitavam o jardim.
Eu olhava tudo aquilo tentando me certificar de que não era um sonho. Em pé debaixo de um arco de flores, sendo a atenção de dezenas de olhares, alguns desconhecidos por mim, eu era capaz de ver como se um verdadeiro curta-metragem da minha vida passasse em minha mente. Memórias me inundavam sem piedade, algumas boas, outras dolorosas, mas as que mais me completavam eram as que ela aparecia.
A mulher que me salvou sem nem mesmo me conhecer, a mulher que me mostrou o que é amar e ser amada, a mulher que me deu uma família sem cobrar nada em troca, que me trouxe vida, a mulher que era a minha vida. E no momento em que eu vivenciava cada um de nossos maravilhosos momentos juntos, uma música começa a tocar me trazendo de volta a realidade.
Olho para frente e sinto como se todo mundo tivesse sumido, como se o ar tivesse acabado, meus olhos focam apenas na linda mulher que aparece com um estonteante vestido branco, e um sorriso que me aquece por completo. Jihyo estava ali, na ponta do tapete vermelho que era estendido em minha direção, com seu pai ao seu lado, um buque de rosas em castata em suas mãos, e para mim, nada mais importa se não ela.
São raras as pessoas que conseguem encontrar sua " alma gêmea", pouquíssimas pessoas dentre os mais de 7 bilhões que povoam nosso planeta conseguem sentir o verdadeiro amor, a sua razão em outra pessoa, e por Deus, eu sou uma dessas raras que encontraram o amor da vida.
Sou grata por muitas coisas em minha vida, mas principalmente por ter Jihyo aqui, ao meu lado em frente ao Juíz para colocar no papel aquilo que já é eterno em nossos corações, o nosso amor.
Enquanto palavras eram ditas pelo homem a nossa frente, meu foco estava em nossos dedos entrelaçados enquanto ela fazia um leve carinho nos mesmos. No seu perfume que se destacava entre tantos espalhados pelo ambiente, nos seus olhos marejados na evidência que ela tentava a todo custo segurar suas lágrimas e no sorriso que não saía de seu rosto desde que nossos olhares se encontraram quando ela era trazida a mim.
Jihyo era minha força, um ímã que sempre me atraía, não importa onde estivermos, minha atenção sempre será dela, somente dela.
Não sei quanto tempo fiquei a olhando enquanto o homem falava, mas quando dei por mim, ela já se virava para mim ainda sorrindo e tudo que eu pude ouvir foi " Sim, eu aceito" saindo embargado em seus lábios, então a pergunta mais absurda foi feita para mim, como se houvesse alguma duvida da minha resposta: " Sim, eu aceito".
Yeonjin apareceu com uma quase mini réplica do vestido da mãe segurando um pequeno travesseiro com nossas alianças. Ela também sorria para nós, à medida em que se aproximava. Eu me abaixei e lhe deixei um beijo antes de pegar as alianças. Era hora dos votos.
