As vezes nos percalços da vida tudo que precisamos é de alguém para nos apoiar.
Jihyo se vê grávida aos 18 anos e abandonada pelo pai da criança contando com o apoio de sua familia ela tenta aprender a cuidar de si mesma e de uma nova vida que esta...
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Finalmente. Finalmente minha filha está em casa. Hoje, depois de meses estou vendo ela dormir tranquilamente em seu quarto, em seu bercinho. Finalmente posso viver verdadeiramente a experiência completa de ser mãe. Deslizo meus dedos em seus finos cabelos castanhos sorrindo calando seu sono. Liguei a babá eletrônica e sai do quarto dela.
Voltei ao meu quarto e olhei minha cama, Jeongyeon ainda dormia serena abraçada ao travesseiro. Sua pele branca iluminada pela claridade que atravessava as cortinas enaltecendo ainda mais a beleza da minha namorada. Eu não poderia contar o quão sortuda eu sou por ter essa mulher em minha vida.
Sentei na beirada da cama velando mais um pouco seu sono, e Jeongyeon se mexeu fazendo com que o lençol que a cobria deslizasse por seu busto tornando visível seus seios à mostra. Mas o que chamou a atenção foi a sua cicatriz um pouco acima do seio esquerdo.
Mesmo depois de tantos meses ao seu lado, eu ainda não conseguia olhar para aquilo. Lembranças do momento em que ela adquiriu aquela cicatriz fazem meus estômago embrulhar. Aquela foi a pior coisa que já presenciei na vida. Ainda tenho pesadelos com ela enfiando o maldito bisturi em seu próprio peito. Ainda sinto minhas mãos ensanguentada e seu olhar desesperado perfurando minha alma.
Deslizo meus dedos por toda a extensão do relevo sentindo sua dor. A dor que alguém sente para chegar ao ponto de um ato tão cruel contra si mesmo é algo imensurável. Ela já sofreu tanto.
Me levanto a cobrindo novamente quando meu celular vibra na cômoda. Pego percebendo que é uma mensagem de número desconhecido.
"Precisamos conversar. É importante. - Daniel."
Desci as escadas e encontrei minha mãe com Hyojin no sofá da sala.
- Onde está minha netinha?
- Está dormindo. - Disse me sentando ao seu lado. Hyojin estava distraída com o desenho na TV então mostrei meu celular para minha mãe.
- O que esse canalha está querendo agora? - Questionou ela nervosa.
- Não sei. Tenho medo, mãe. Se ele já souber que Yeonjin nasceu e quiser tirar minha filha de mim?
- Ninguém vai tirar ela e você, meu amor. Você é a mãe dela. Eu vou conversar com minha advogada e você vai se encontrar com ele, e eu e ela vamos te acompanhar. Responda a mensagem e diga que vai.
Fiz o que minha mãe falou enquanto ela foi ligar para a advogada da família. Comecei a assistir com minha irmã na esperança e esquecer um pouco o assunto até que escuto um início de choro da minha princesa na babá eletrônica. Me levanto e começo começo subir às escada quando de repente ouço a voz e Jeongyeon entrando no quarto dela. Me aproximo devagar e consigo ouvir melhor o que ela fazia.
- Oi princesinha da mamãe. Já acordou, hum? Vem aqui.- Chego na porta e observo ela de costas para a porta com nossa filha em seus braços. Meu sorriso é enorme olhando aquela cena tão linda. - Quer que a mamãe e cante pra você? - Jeongyeon olha nos olhos da pequena balançando seu corpo lentamente as duas ficam se olhando sem notar minha presença, enquanto Jeongyeon começa a cantar baixinho com sua linda voz rouca.
