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Gabriela🪷

Outro dia de luta, pelo menos não era dia de visita intima, era visita normal, levar comida e oque ele tava precisando.

Coronel: Iai mina, bom dia.

Gabriela: Bom dia. -Respondi o básico, os meninos falaram que ele não gosta muito de conversa. —Trouxe uns negócios que os meninos mandou e comida. -Entreguei a sacola pra ele.

Coronel: Valeu.

Não falei mais nada, só tava esperando ele acabar pra eu ir embora logo, não aguentava mais ficar aqui.

Coronel: Tu não é de falar muito né?

Gabriela: Seguindo regras.

Coronel: Por um acaso foi eu que dei?

Balancei a cabeça em um gesto negativo.

Coronel: Então pode falar, parece que ta aqui obrigada, te obrigaram a vim?

Gabriela: Que? Claro que não, to aqui porque eu quero.

Coronel: Oque fez você aceitar essa parada?

Gabriela: Vai falar que não sabe? -Olhei pra ele com cara de tédio.

Coronel: Se eu soubesse eu não tava perguntando ne?

Grosso, arrogante, ignorante!

Gabriela: Dinheiro, foi isso que fez eu entrar aqui.

Coronel: Disso eu sei, quero saber o motivo ou não tem? Ta aqui só pelo dinheiro mesmo sem motivo nenhum?

Gabriela: É, só por isso, só pelo dinheiro.

Nunca que eu ia abrir minha boca e falar as coisas que acontece dentro da minha casa, nem conheço esse homem.

Coronel: Puta mermo, achei que era uma mina interessante, mas vi que eu tava errado.

Ouvir ele falar essas coisas doeu no fundo do meu coração, eu tava quase chorando, ia sair correndo daqui e nunca mais voltar, mas eu não podia, tinha um trato, e se eu quebrasse eu ia pagar.

Voltei a ficar quieta e esperar esperar a hora pra sair desse lugar.

Eu só queria minha casa, sair daqui.

Coronel: Próxima visita eu quero informações sobre o meu morro, se vira, pergunta pra quem ta te pagando, eu quero novidades! -Falou antes de levantar e me deixar sozinha.

Puta que me pariu.

Oque eu vou fazer agora? Eu vou falar com quem? Como? Onde?

Que dia difícil, não tinha como piorar depois dessa.

>>>>

Tava chegando em casa e vi um carro parado na frente, já comecei a andar rápido e tremendo.

Entrei em casa e o menino que me paga tava falando com minha mãe e o Lorran.

Gabriela: Bom dia? -ele me olhou e sorriu.

Fael: Iai, tudo certo la? Vim trazer seu pagamento.

Quando ele falou isso só faltei sair correndo.

Gabriela: La fora, Fael.

Ele me olhou estranho e eu sair na frente.

Fael: Qual foi Gabi? Me olhou paracendo que viu um fantasma quando eu falei pagamento.

Gabriela: Minha mãe não sabe cara, oque você falou pra ela?

Fael: Nada demais, relaxe seu coração, só falei que eu era um amigo.

Gabriela: Cara, ela vai perguntar de onde ta vindo esse dinheiro.

Fael: Ela não sabe que você ta indo visitar o Coronel?

Gabriela: Lógico que não Fael, se ela souber que o dinheiro do tratamento e dos remédios vem disso ela vai surtar e não vai querer que eu ajude.

Fael: Ela ta melhorando?

Gabriela: Eu vou levar ela no hospital la na pista essa semana ainda, só tava esperando você vim aqui.

Fael: Qualquer coisa tu fala comigo que eu te levo, aproveito que to com a ficha limpa.

Gabriela: Você ta sendo um amigão, obrigado Fael, de verdade.

Fael: Que isso po, da nada, toma aqui, tem 20 mil ai.

Gabriela: Caralho, tem muito dinheiro só pra dois dias de visita.

Fael: Vai se acostumando gata, é assim mesmo.

Gabriela: Eu ja ia esquecendo, ele quer informações sobre o morro.

Fael: Depois tu sobe la na boca que eu te passo tudo.

Gabriela: Ta bom, e tem mais uma coisa.

Fael: Fala comigo Gabizinha.

Gabriela: Não é pra falar nada sobre o tratamento da minha mãe e nem do Lorran pro seu chefe.

Fael: Relaxa, minha boca é um túmulo. -sorriu e andou na direção do carro.
—vou meter o pé linda, tchau.

Ele acelerou o carro e saiu cantando pneu.

Onde foi que eu errei senhor?

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