Capitulo 7- Ciumes é sinal de algo mais?

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Assim que Marília  abriu os olhos notou que havia algo de errado. Ela tateou o espaço ao seu lado na cama e constatou que estava vazio. Levantou, cobrindo-se com um lençol e foi em busca da chefe.
Com um arfar irritado, ela a caçou pela casa, e quando viu que ela não estava, o seu aborrecimento aumentou em proporções desconhecidas por ela mesma, porém ao chegar ao banheiro e ver um bilhete grudado no espelho, seus olhos encheram-se de contentamento...
"Desculpe sair às presas, tive uma emergência. No almoço lhe explicarei.
PS: Espero que o almoço de hoje, seja tão bom quanto o de ontem..."
Marília corou enquanto lia o bilhete, ela o guardou na bolsa e só então voltou ao banheiro para a sua higiene matinal.
Depois de tomar um banho e de se vestir, ela foi direto para o trabalho, estava mais animada. Maraisa parecia gostar dela, e talvez os seus medos fossem exagerados. Ela não podia comparar todo homem a
Murilo.
Assim que estacionou, Marília viu Lauana à porta da empresa. Foi até a amiga sorrindo, mas o seu sorriso se desfez ao ver o olhar preocupado da amiga.
-Tudo bem Lauana?
- Oh Marília , eu sinto muito...
- Do que está falando? - Lauana olhou para marilia e demonstrava nervosismo.
- Eu... Bem... É sobre Maraisa .
- Fale logo, você está me deixando apreensiva.
- Ela chegou agora a pouco...
- Oh, será que eu deveria ir até a sala dela?
- Melhor não...
- Por quê?
- Bem, ela não chegou só.
- Lauana fale de uma vez.
- Esta bem! Maraisa chegou abraçada a uma Ruiva escultural...
Marília sentiu o chão sumindo de seus pés. Ela tinha uma namorada? Ou pior, ela era casada?
- Oh Meu Deus! Eu sou uma amante!
- Marilia respira. Você só dormiu com ela uma única vez, não há com o que se preocupar. - Marilia arregalou os olhos e Lauana mordeu os lábios.
- OPS... Foi mais de uma?

- Bem ontem à noite... - Marilia torcia as mãos nervosamente e Lauana a puxou para o elevador.
- Oh amiga, não fique assim. Vamos lá tirar satisfações com ela.
- Não, não, eu não quero vê-lá.
- Mas Lila ... - Marilia a cortou entrando em sua sala, Lauana segue em seu encalço, a loira pegou o bilhete que estava em sua bolsa e rasgou em mil pedacinhos os jogando no lixo com violência.
Marília sentou-se em sua mesa com impaciência e começou a trabalhar. Lauana a observava sem nada falar. As duas mulheres permaneceram em silêncio por cerca de meia hora.
Marília bufou enquanto olhava para a mesma página pela enésima vez sem conseguir se concentrar, então ela levantou e foi até a porta, Lauana a observava atentamente, então Marília  sorriu para a amiga e a comunicou...
- Vou tomar um pouco de água.
- Tudo bem - Lauana sorriu e Marília saiu apressada da sala, foi até a sala onde os funcionários tomavam café, ou lanchavam, e pegou um comprimido para dor de cabeça juntamente com um copo de água.
Mal levou o comprimido à boca, quando um homem desconhecido colocou a cabeça para dentro da sala e bufou impaciente, porém ele sorriu ao vê-la.
- Oh finalmente uma linda moça que pode me ajudar. - Ele falou divertido entrando na sala e Marília riu.
Ele era alto e forte, cabelos loiros e um lindo sorriso infantil brincava em seus lábios. Ele estendeu a mão para ela.
- Olá, eu sou Matheus Gabriel Guedes Caetano.
- Marília dia Mendonça . Em que posso lhe ajudar? -
Ele apertou a mão dela com um grande sorriso e colocou o braço em volta dos ombros da Loira, começando a guiá-la para fora da sala.
- Bem, eu estou procurando a sala da minha cunhada.
Mas não está sendo nada fácil. - Marília  riu.
- Então me diga quem é a sua cunhada, que eu lhe indicarei a sala.
- Oh você é um anjo. Bem, o nome dela é Maraisa Henrique Pereira- Marília  fez uma careta, olhando para baixo, para só então sorrir forçadamente para Matheus
- Sr. Gued... - Ele fez uma careta, não a deixando terminar.
- Oh Deus, Senhor não, me chame de Matheus , ou de Mat ou de grandão, por favor! - Marilia riu.
-Tudo bem Matheus... - Ele a cortou de novo.
- Eu preferia grandão, mais Matheus já é bem melhor. -
Ela riu.
- Tudo bem, Matheus! É só pegar esse elevador, e ir até... - Ele a cortou de novo e Marília sorriu esperando.
- Você não vai me levar lá? - Ele fez um biquinho, e Marília ficou sem fala, não queria ver Maraisa .
- Matheus ...
- Não! Você tem que me levar lá. Vamos, você vai - Não! Você tem que me levar lá. Vamos, você vai adorar conhecer Maraisa .
- Eu já a conheço... - Ela disse com dor na voz, Matheus , no entanto, não pareceu.
- Melhor ainda. Podemos almoçar todos juntos. Vai adorar conhecer Maiara.
- Maiara ?
- A minha esposa. A irmã de Maraisa , um mulherão!
Hehehe eu me dei bem! - Marília riu.
- Está bem, eu te levo até a sala dela, mas nada de almoço. - Ele já iria abrir a boca para contestar, contudo ela o cortou rapidamente.
- Nanananinão. Temos um trato. - Ela esticou a mão e ele a olhou por um momento e depois riu.
- Ah garota teimosa! Por Deus, sim temos! - Ele riu alto apertando a mão de Marília e ela o guiou até a sala de Maraisa.

Conversaram pelo caminho sobre banalidades, na verdade só Matheus falava.....ele contava sobre a mulher dele que era uma gostosa do caralho, além de ser muito fogosa, Marília corou praticamente o caminho todo. Principalmente quando ele quis saber sobre a vida sexual da loira.
Deu graças quando pararam em frente à porta de Maraisa . Mas logo se arrependeu, quando Matheus abriu a porta já a puxando para dentro.
Ela ofegou quando viu Maraisa , rindo usando as mesmas roupas do dia anterior, uma ruiva lindíssima estava sentada à beirada da mesa.
-Marília ! - Maraisa se levantou sorrindo quando a viu e ela corou.
Matheus olhou de Marília para Maraisa e sorriu malicioso, fazendo o rubor de Marília aumentar, ela pigarreou e olhou para Matheus.
- Está entregue. Eu tenho que ir! Adorei conhecê-lo. -
Antes que qualquer um falasse, ela saiu a passos rápidos da sala.
Novamente ela não foi rápida o suficiente para desaparecer daquele arredor, pois seus malditos saltos altos a impediam de correr, a porta da caixa de aço já se fechava quando Maraisa escorregou para dentro junto a ela.
E tudo o que Marília menos queria naquele momento, era ter que ficar presa, em um local fechado e tão pequeno, juntamente com a sua chefe gostosa e comprometida. O mulher que o demônio é tentação encarnada viu...
- Maraisa , o que faz aqui?
- Por que saiu daquele jeito?
- Você tinha companhia. Eu não queria atrapalhar. -
A morena bufou e passou as mãos pelos cabelos.
- Você não atrapalharia, e eu queria que você os conhecesse. - Marilia sentiu o rosto em chamas.
- Oh Meu Deus! Você iria me apresentar como a sua amante, para a sua esposa? - Maraisa engasgou com a saliva.
- Oh Deus! Eu me casei? - a morena perguntou confusa, e a loira bufou não achando graça.
- Sra. Pereira , eu nunca vou ser a outra, eu sei bem como é estar desse lado, e não pense que as suas palavras doces vão me fazer mudar de ideia, porque...
E os lábios de Maraisa estavam colados aos dela, as mãos da morena uma na cintura e a outra na nuca cheirosa da mulher alta a sua frente, a língua invadindo a boca profana, e a dominando, deixando-a mole nos braços pequenos mais de pegada forte daquela mulher e a mercê dela.
A porta do elevador se abriu, ambas pararam de se beijar para olhar, em direção ao barulho que se seguiu. Marília corou ao ver algumas mulheres a observando nos braços de Maraisa, e escondeu o rosto nos seios dela, Maraisa riu e apertou o botão para o andar de Marília.
- Desculpe, mas acredito que não se importem em pegar o próximo, não é senhoritas? - Elas sorriram como bobas quando Maraisa sorriu torto. E a porta se fechou.
Marília a empurrou e Maraisa apertou o botão para travar o elevador.
- O que está fazendo? - a morena começou a se aproximar dela, enquanto ela se afastava até bater as costas contra a parede.
- Eu acho que temos que conversar.
- Não há nada a falar! - Maraisa se aproximou ainda mais, já desabotoado a camisa, e sorrindo maliciosa.
- Oh sim, nós temos! E não sairemos desse elevador até que tudo esteja explicado. - Marília arregalou os olhos olhando para os lados, sem saber o que fazer.
- O que você tem em mente? - pereira sorriu mais ainda e a prensou contra a parede, segurando os braços da loira bem acima da cabeça.
- Eu tenho muitas coisas passando por minha mente agora. - Maraisa beijou o pescoço dela, e Marília tremeu.
- Mas vamos colocá-las em prática mais tarde. Agora eu quero uma explicação.
- Eu que devia exigir uma explicação.
- Então exija de uma vez. - Maraisa rosnou a encarando, e ela o olhou sem desviar o olhar.
- Você é casada?
- Não. - Maraisa falou sério. - Era só isso?
- Ouem era a mulher sentada sobre a sua mesa? - a morena sorriu.
- Minha irmã.
- Oh... - Marília corou e Maraisa lambeu as bochechas rubras, fazendo com que as pernas dela tremessem.
- Agora que acabou a sua crise de ciúmes, podemos falar sobre algo mais interessante?
- Eu não estava com ciúmes. - Ela bufou e a mulher de cabelos longos e pretos se apertou mais a ela, fazendo-a sentir a excitação latente dela.
- Mendonça , não me faça fazer você falar...
- Você pode até tentar, mas eu não estava... - Maraisa sorriu malicioso, e Marília sentiu um frio na barriga. Maraisa retirou uma de suas mãos dos braços dela, mas ainda a prendia com a outra.
A mulher morena desceu a sua mão livre pelo corpo da loira, em uma caricia sensual, Marília automaticamente ofegou ao sentir a mão dela contra os seus quadris, bem em cima do zíper de sua saia. Ela engoliu em seco quando Maraisa deslizou o zíper para baixo e a saia caiu sobre os seus pés.
A mão de Maraisa  serpenteou até a sua calçinha, e a morena pressionou o seu clitóris sobre o tecido a fazendo gemer baixinho. Ela olhou nos olhos da Pereira , e um tremor passou por todo o seu corpo.
- Pronta para admitir?

Refém dos Teus Desejos- MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora