𝐎 𝐒𝐎𝐌 𝐃𝐎 𝐂𝐎𝐑𝐀ÇÃ𝐎

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KATLYN HOPE


Eu simplesmente estremeci da cabeça aos pés. Estava muito atônita para verbalizar qualquer frase para Sanji naquele momento. E agora? Será que ele descobriria de uma vez que eu estou do outro lado dessa briga toda a qual eles se meteram? Só me resta uma opção...


Fiz um sinal de silêncio para o mais alto, que logo ergueu as sobrancelhas para mim.


Sim, Mr. 0. Já eliminamos os nossos alvos.


— Do que você está falando, Killer Queen?


— Nós os eliminamos como se não fossem nada, e agora estamos numa boa por aqui.


Sanji me observava com atenção, enquanto eu fingia ser o Mr. 3.


Ah, sim... Compreendo.



Uma leve gargalhada pôde ser ouvida do outro lado da linha. Meu pai finalmente entendeu o nosso sinal de quando estamos fingindo ser alguém para não causarmos suspeitas.



Eu enviei Mr. 13 e Miss Friday para Little Garden. Devem chegar por aí em questão de três minutos. Estão levando um Loguepose para você, Mr. 3. Pegue ele e volte imediatamente para Alabasta. O plano Utopia será iniciado em breve.


Assenti em seguida, suspirando fundo.



Sim, Mr. 0. Até mais.



Ele encerrou a ligação. Finalmente eu poderia parar o fingimento.


— O que foi isso, senhorita Katlyn? — Sanji se aproximou de mim, curioso mas ao mesmo tempo com uma possível ideia sobre com quem eu falei pelo Den Den Mushi.


— O cabeça da Baroque Works ligou bem na hora em que eu encontrei esse iglu. — Olhei em seus olhos enquanto lhe contava aquilo.


— Eu imaginei. Você até que se saiu bem na atuação de um membro de organização criminosa, senhorita. — Sanji sorriu para mim, satisfeito com a minha performance.


— Que nada. Só está dizendo isso para preencher o meu ego. — Sorri de volta para o loiro, que corou um pouco como resposta.


Andei um pouco pelo iglu, vasculhando por algo que eu pudesse usar durante a viagem até Alabasta ou por qualquer coisa que me entretece naquele momento. Era um pouco constrangedor para mim ficar sozinha em um ambiente com Sanji.


— A senhorita quer ajuda em algo?  — O loiro mais uma vez falou, enquanto me oferecia o seu sorriso educado e galante.


Por que diabos nenhuma mulher dá bola pra esse cara? Sério, ele é tão bonitinho pra ser destratado pela Nami.


— Não, obrigada, Sanji. Só estou procurando por algo que seja útil neste iglu. Esses imbecis estão querendo nos matar e até estão nos perseguindo, nada mais justo do que roubar algumas coisinhas deles para o nosso benefício próprio. — Olhei de volta para Sanji com um sorriso travesso em meus lábios.


— Uau... A senhorita é mesmo muito esperta. — Sanji arregalou os olhos em surpresa, mas com admiração em sua face.


— Bala trocada não dói, Sanji. — Falei por último, enquanto me agachava para perto de um armário para abrir uma gaveta.


Sanji começou a fazer o mesmo que eu. Começou a fuçar em tudo do iglu. Desde mapas com marcações importantes até roupas sujas que infestavam o local fechado com o seu odor forte.


Quando terminamos de realmente vasculharmos tudo, me virei para ele.


— Sanji, você sabe que esse iglu é feita de cera de vela, não é? — Perguntei ao loiro, que pareceu ficar confuso com a minha pergunta.


— Sim, assim que entrei eu notei esse detalhe. Por que a pergunta, senhorita? — Sanji me olhava com um olhar inocente como de uma criança. E puta merda, isso o deixava mais fofo ainda.


Por que caralhos eu estou pensando isso dele? E a porra da missão, Katlyn?


— Nada não, é só uma maneira de encontrarmos algum assunto para não ficar um clima chato. — Falei de maneira leviana, e logo depois ouvi uma leve gargalhada de Sanji.


— A senhorita é mesmo uma graça... — Sanji estava com a sua face levemente corada, mas após a sua fala o rubor se intensificou.


Sanji estava envergonhado por ter dito aquilo. Estava nítido em sua face.


— Me perdoe, senhorita... ! Foi sem querer, eu...


— Está tudo bem, Sanji. Fico feliz que pense isso de mim. — Sorri para ele como uma maneira de tentar confortá-lo, e acho que consegui.


Ele me olhava com tanto carinho em seus olhos. Seus lábios finos formavam um lindo sorriso tímido. Ele realmente era uma graça.


Mas isso é temporário. Só quero aproveitar um pouco mais desses momentos com ele enquanto a verdade não vir a tona.


Enquanto mantínhamos contato visual, escutamos o som de algo pousar na janela do iglu.


Era Mr. 13 e Miss Friday. Eles sabem quem sou eu, mas eles não sabem quem é Sanji.


Talvez, Sanji partisse agora sem saber quem eu realmente sou de verdade. E sinceramente, acho até melhor assim.


Mas Sanji foi mais rápido. Assim que os tiros começaram, ele se atirou sob mim e me protegeu dos tiros.


— Sanji... — Sussurrei para o loiro, que estava com a sua face muito perto de mim.

𝐃𝐎𝐍'𝐓 𝐅𝐎𝐑𝐆𝐄𝐓 𝐌𝐄 - 𝐕𝐈𝐒𝐌𝐎𝐊𝐄 𝐒𝐀𝐍𝐉𝐈Onde histórias criam vida. Descubra agora