Por Trás Da Raiva[Tanzen]

Capítulo 7: Um trauma de infância

–Senhora Aoikidesu? Senhora Aoikidesu?– repetia um pequeno garotinho de 5 anos com uns muito longos cabelos pretos amarrados em um rabo de cavalo e olhos cor de mel.–Senhora Aoikidesu!– gritou o rapaz procurando pela sua educadora.

O rapaz se encontrava, dentro de um orfanato localizado a alguns Kilometros da cidade, numa espécie de sala de convívio, a sua volta, sem reparar na sua presença, haviam imensas crianças brincando e sorrindo, o rapaz continuou procurando pela educadora do orfanato até que eventualmente esta veio até ele.

Era uma mulher de olhos olhos azuis e de cabelos de cabelos verdes muito claros, parecia irritada por ouvir ser chamada tantas vezes quase como se não gostasse do seu próprio trabalho.

–Que foi Zenitsu? Já não basta ter que aturar você chorando todo o dia, agora também vou ter que ouvir você me chamando toda hora?– Disse a senhora bastante irritada.

–Desculpe incomoda-la, mas tem duas pessoas na entrada do orfanato... eles disseram para eu chamar você, Senhora Aoikidesu.

Derrepente, a mulher pareceu muito mais calma e entusiasmada, como se a noticia de que se ia livrar de mais uma criança fosse a melhor notícia de sempre, a mulher ajeitou o seu vestido e correu para entranda se deparando com uma mulher de olhos verdes e cabelos pretos e outra de olhos azuis e completamente careca.

–Boa tarde, vieram para adoção ou informações?– assim o dia se seguiu, ao final do dia duas crianças foram adotadas, no final da semana havia menos 4 crianças no orfanato e ao final de 5 meses apenas sobrou o pequeno Zenitsu.

–Porque você tem um cabelo tão longo! E seu rosto tem muitas feições femininas, quase de certeza que você poderia ser confudido com...– O de olhos cor de mel deu três passos atrás assustando-se com as expressões faciais daeducadora.– uma garota...
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Haviam passado três meses e um homem acabou passando no orfanato, mas apenas havia sobrado Zenitsu, o homem aceitou leva-"la", mas ao olhar para as folhas de registos reperou que não era uma ela e sim um ele.

–Se me permite perguntar, porque está ele num vestido? Com o cabelo tão longo quase que se passsa por uma garota...

–Achei que assim ele ficasse mais bonito e fosse adotado logo.– Disse a educadora forçando um sorriso.

O senhor simplesmente não comentou e assim pela primeira vez Zenitsu foi adotado, mas nem haviam passado 3 meses e este foi "devolvido" ao orfanto, e assim continuou, mais crianças foram levadas para o orfanato e quando apenas sobrava o pequeno rapaz choroso, ele era adotado e depois de uns meses "devolvido".

Numa das vezes em que este foi adotado, houve uma tempestade muito forte e no seu caminho para ser "devolvido" acabou levando com um trovão que mudou seus cabelos pretos para loiros e cortou o seu longo cabelo, também o deixou com um monte de marcas ao longo do abdômen e costas, desde então, sempre que havia uma tempestade o garoto chorava e corria para encontrar a educadora que apenas acabava batendo no agora loiro e o chamando de dramático.

Um dia uma mulher de cabelos loiros e um homem ruivo vieram ao orfanato, eles deram todo o amor e carinho que podiam ao pobre garoto e o apresentaram ao seu novo irmão, Kaigaku, mas o inverno havia chegado e com isso vieram as tempestades, e, o pobre garoto de 11 anos chorava mais e mais a cada trovão, a cada raio de luz.

A mulher e homem não aguentavam mais, mesmo que o de olhos cor de mel fosse o único amigo do seu filho Kaigaku, eles decidiram "devolvê-lo", mas Jigoro que constantemente visitava a familia convenceu-os a ficar com ele, durante 6 anos, o homem e a mulher "educaram" o loiro, recorrendo à violência quando este errava, proibiram-no de fazer amigos, mas como todas as crianças o mesmo ía à escola, acabou por ser amigo de Genya Shinaguzawa, de Kanao Tsuyuri e de Murata, que lhe ofereceram um urso de pelucia muito maior que ele.

Desde então, sempre que houve uma tempestade o agatsuma abraçava o urso e punha um coberta a volta de ambos, a seguir ligava ao seus amigos que apenas o ajudavam a ficar calmo, podia ser difícil fazê-lo, mas se fosse preciso eles ficavam a noite toda em chamada distraindo o loiro da tempestade, algo que não era muito fácil devida à excelente audição do mesmo.