Capítulo 11: Do outro lado da porta

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Muita violência, descritivo porque é minha especialidade;

Abuso;

Insensibilidade (sinónimo de Insensível);

Sintomas de ataques de pânico e ansiadade;

Más relações interpessoais (relações com outras pessoas);

Novamente, desculpe por interromper a sua leitura.

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Do outro lado da porta da casa de Zenitsu, estavam os seus pais, que haviam corrido para o hall de entrada ao ouvirem a chave ser posta na porta.

A mãe, de cabelos longos e loiros, tinha uma expressão levemente desapontada que quase - mas apenas quase - passava despercebida.

O pai, de cabelos muito ruivos, nem escondia a sua expressão enraivecida, ao ponto de puder ser vista ao longe - não literalmente - se alguém assim o quisesse.

O loiro curvou-se e olhou para o chão permanecendo calado, ele sabia que se falasse a situação apenas iria piorar.

O de cabelos ruivos preparou-se para dar um estalo ao loiro, mas logo parou quando a mulher pôs o braço a um ângulo de 90° e estendendo a parte da trás da mão mesmo à sua frente. –Onde você esteve?– Perguntou a mulher num tom calmo mas levemente impaciente.

–Não muito longe dos arredores, apenas estive com um amigo.– Respodeu o de olhos cor de mel, que recebeu uma chapada em seguida, vinda do homem.

Ele olhou para a sombra de ambas as figuras à sua frente, a loira tinha o braço na mesma posição, apenas havia cerrado o punho como sinal de que o homem podia avançar.

–Seja agradecido que a gente ficou com você e faça algo de útil como obedecer.– grunhiu o alto ruivo com raiva.– Se tivesse chegado a tempo teria percebido que o Senhor Jigoro e o nosso filho, verdadeiro, visitaram-nos.

–Desculpe, não voltará a acon-.–mas era tarde demais, nem havia terminado de se desculpar quando o homem voltou a descarregar a sua raiva no loiro, desta vez com um murro que fez com que este fosse parar ao chão.

A mulher disse umas quantas palavras ao marido e logo depois afastou-se de forma a que este tivesse espaço para o que daí iria se suceder, e pelo o olhar cínico dela e sorriso raivoso dele, não era muito bom.

Ao aperceber-se que não havia mais como evitar o que receava, Zenitsu sentiu os seus pulmões pedirem ar desesperadamente e a sua respiração acelerar, juntamente com os batimentos cardíacos, o seu corpo havia começado a tremer e suas pupílas dilado.

Havia tanta coisa a passar-lhe pela cabeça, que era impossível este pensar ou acalmar-se. O tempo como sempre um inimigo, pois ao olhar para o relógio até o ponteiro dos segundos parecia lento.

Durante os 10 minutos a seguir o homem descontou tudo o que havia para descontar: Problemas no trabalho, com a mulher, com a amante, com a família mais e menos próxima, com os amigos, entre outros, com o máximo de violência.

E talvez - só talvez - este tivesse continuado se não fosse pelo seu telemóvel a tocar, trocou, novamente, umas palavras com a loira e foi em direção à cozinha para atender.

A mulher por sua vez estendeu a mão ao loiro, que um tanto impressionado, deu-lhe a mão, esta em seguida nem o deixou levantar, simplesmente arrastou-o para o seu quarto e trancou a porta.

Do lado de fora, pôde-se ouvir alguns tombos e barulhos altos, juntamente com a voz do ruivo a gritar ao telemóvel, que abafava os gritos de desespero e o choro do de olhos cor de mel.

Quando a loira fez tudo o que havia a fazer, destrancou a porta e saiu deixando a porta aberta com um Zenitsu sentado no meio dos pés a olhar para o chão enquanto chorava silenciosamente.

Mas logo parou quando recebeu uma mensagem do hospital.

Número desconhecido

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–Finalmente... – Disse o loiro um tanto aliviado, a sua expressão leve e calma como se tivesse chegado a casa de um dia longo e se atirado logo para a cama.

Por Trás Da Raiva[Tanzen]Onde histórias criam vida. Descubra agora