Cool Kids

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A beleza sempre estará na simplicidade. Por onde andamos podemos observar pessoas sedentas de aprovação. Por isso vestem as roupas mais extravagantes, o cabelo colorido ou com corte diferente, não que isso seja ruim mas infelizmente essas pessoas são as que menos se sentem belas, e aos poucos elas tiram de si sua própria personalidade para se encaixararem em um mundo que não as pertence e assim, acabam perdendo-se  de si mesmas e se tornam irreconhecíveis ao se depararem com seu próprio reflexo através do espelho.

A pré-adolescência de Cassie e Jack estava se manifestando cada vez mais e com ela, suas crises existênciais, os seus pensamentos intrusivos e os desconhecidos questionamentos internos como "Quem sou eu?", " Porque não me encaixo em lugar nenhum?"  ou a dúvida em qual roupa vestir antes de uma caça fazer com que os dois usassem a mesma muda todas as vezes. Mas o maior questionamento dos dois Nephilins naquele momento de tarde chuvosa era "Porque o quarto parecia tão morto?". Era auto-explicativo quando os dois olhavam para as duas camas de solteiro, uma em cada lado do quarto e as plantas que Castiel mantinha no quarto das crianças no quarto amadeirado de tom escuro.

Apesar de se darem tão bem, os traços da personalidade de Cassie e Jack já se mostravam opostos. Enquanto Jack era tão calmo e racional quanto Sam, Cassie estava cada vez mais parecida com Dean Winchester. Talvez essa fosse a razão de mesmo que os dois brigassem feio, poucas horas depois estarem juntos dividindo um fone de ouvido enquanto lêem um livro e se empanturram de doces. Coisa que havia acontecido há pouco tempo e os dois estavam encostados na cabeçeira da cama de Jack como se nada tivesse acontecido quando Cassie disse:

 Coisa que havia acontecido há pouco tempo e os dois estavam encostados na cabeçeira da cama de Jack como se nada tivesse acontecido quando Cassie disse:

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- Lembra das luzes de natal?

- Sim... – Kline fechou o livou enquanto retirava o fone para ouvi-la melhor. – O que tem elas?

- Acho que a gente podia colocar pelo quarto... – Cassie sorriu. – As luzes quentes do seu lado e o meu fica com as frias... Vai ficar bonito!

- Tipo... – Kline olhou ao redor e levantou-se caminhando até um pequeno baú onde guardavam coisas que não usavam sempre. – Acho que você pode ficar com esse.

- Ótimo... – Cassie sorriu ao pegar os fios que Jack havia atirado em sua direção enquanto a ruiva sentava-se ao chão para desembolá-lo.

Os dois passaram alguns minutos desembolando os fios enquanto ouviam música pelo alto-falante do celular de Jack. A ruiva não gostava das "músicas de menininhas sentimentais" que Kline costumava ouvir, mas aos poucos entendia que cada um tinha seu mundo particular e isso era o que fazia Cassie admirá-lo cada vez mais. Jack por sua vez, sentia-se querido pela menina, que já não chamava de "quase irmã" mas ainda assim era sua melhor amiga, e saber que a ruiva respeitava seu gosto musical extremamente oposto, o fazia reconhecer que "os barulhos" que a garota ouvia também era o que a fazia única e especial.

Depois de colocarem as luzes espalhadas pelo quarto, cada um organizou seu cantinho conforme seu gosto particular. Cassie deixava sua admiração por carros antigos nítida quando colocava as miniaturas que Dean havia dado-as de presentes em sua prateleira, mas não passava despercebido seu gosto peculiar por livros de terror quando notava-os enfileirados na mesma prateleira porém na parte inferior. Os posters de bandas de rock e filmes de terror ficavam atrás da cabeceira da cama ao lado do contrabaixo rosê que a a garota ganhou de Dean e se realçavam quando as luzes azuis e brancas refletiam sobre eles. Kline empilhou seus livros de romance em cima da cômoda ao lado de sua cama, próximo às miniaturas de super-heróis que se desacavam com as luzes vermelhas e laranjas que às vezes refletiam sobre eles. Na porta do guarda-roupa, os dois nephilins colaram fotos polaroids de lugares que foram, como Paris, depois de Jack ouvir inúmeras vezes que Cassie desejava ir à uma cafeteria próximo à Torre Eiffel, ou Japão por Jack ter insistido que queria comer o verdadeiro Sushi que resultou em uma fotografia cômica dos dois fazendo cara de nojo depois de prová-lo. "Sushi não é tão bom assim" fora a frase que escreveram no espaço em branco da foto. Os dois também colaram as fotos de seu primeiro Natal, que fez os dois acabarem com uma fita de filme em pouco tempo mas sabia que valeria a pena pois naquela tarde fria e chuvosa, os momentos incríveis que viviam seriam lembrados para sempre toda vez que olhassem para as fotografias.

- Agora sim... – Cassie segurou as mão de Jack e sorriu com olhos brilhantes. – A gente precisa mostrar ao papai... E ao Tio Dean.

- Me chamaram? – Castiel apareceu imediatamente no quarto. – Nossa, isso está...

- Diferente? – Cassie puxou as plantas para endireitá-las na janela.

- Bonito... – O anjo sorriu gentil, com a cabeça baixa veio um pensamento em sua mente: "Eles estão mesmo crescendo..." – Está tão... "Vocês".

- Isso é ruim? – Jack perguntou enquanto ajustava a luz quente por trás da cortina branca.

- Jamais... – O anjo colocou as mãos em seus bolsos. – É só que...

- Ei pai... – Cassie se aproximou segurando sua mão. – Não vamos te abandonar se é o que tá pensando. Somos família e a família nunca faz isso...

- Tenho medo de "Os outros" vencerem. Não quero perder vocês... – Castiel encarava as duas crianças. – Cada vez vocês estão mais próximos de enfrentá-los e ...

- Não fala isso... – Cassie parou a fala do anjo. – Nós vamos vencer...

- Como? – O mais velho perguntou. – Eu sempre acabo falhando e falhando... Mesmo quando desejo fazer algo bom. E eu não faço ideia de como irão atacar.

- Mas isso é normal... – Jack se aproximou e tocou seu ombro. – Não podemos vencer e só vencer. Se não a gente não aprende... O aprendizado às vezes vêm através da dor.

Castiel sorriu ao ouvir as palavras de Jack e respondeu:

- Vocês parecem tanto com eles... – O anjo afirmou se referindo a Dean e Sam Winchester.

- Tipo uma versão 2.0 Dean menina e 2.0 Jack mini Sam. – Cassie sorriu.

Quando Castiel abriu a boca para dizer algo, fora interrompido com o toque do seu celular e pela chamada de Dean Winchester.

- Olá Dean..

- Castiel... – Dean tentava falar confuso e enquanto dizia, apenas um nome ressoou em sua cabeça:

- O Bobby?

Filhos da luz | Volume um - CONCLUÍDA- Aguardando revisão Onde histórias criam vida. Descubra agora