Condenação à liberdade

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O Kim ficou sentado na cama ainda pensando em coisas que nem mesmo uma noite de sexo afastaria. Colocou os dedos sobre a nuca e estalou o pescoço enquanto Jaehyun o observava de baixo, deitado na cama. Havia algo que o mais novo queria conversar com o bruxo e, por isso, tentava procurar as palavras certas.

- Há algo que eu quero fazer, mas não sei se valerá a pena.

Jaehyun prestava atenção a tudo.

- O que?

Doyoung sabia muito bem qual era o nome do lugar que deveria procurar para saber mais sobre a morte de seu padrasto. Apenas deveria saber como chegar lá. Sua dúvida era se valeria realmente a pena buscar algo, ainda mais na situação em que se encontrava.

- Eu sei o nome da empresa onde meu padrasto trabalhava. Talvez, se eu fosse até lá, poderia ter respostas.

- E o que irá fazer com elas? - Jaehyun pergunta incisivo.

Aí estava uma questão. Doyoung não sabia o que fazer. Caso encontrasse as respostas, o que faria depois?

- Eu não sei...

- Por isso, pense bem. - Jaehyun se levantou novamente. - A possibilidade de um feiticeiro ter feito isso é enorme.

- Sim - Suspirou. - Ah, Jaehyun, eu não sei o que fazer...

Vendo bem a angústia do outro, Jung pegou em sua cintura, o fazendo se deitar em cima de si. Deu alguns beijinhos no rosto de Doyoung enquanto sentia os dedos do seu amado em seus cabelos.

- Tem outra coisa. - Doyoung continuou. - Quero falar com o Jungwoo.

Jaehyun parou seus movimentos para analisar o que responder. De fato, era perigoso manter Doyoung perto de alguém como Jungwoo, mas também, queria poder dar o benefício da dúvida, já que o Kim parecia realmente estar sentindo a falta do amigo. Não podia interferir tanto assim na vida de Doyoung.

- Tente fazer isso com cuidado.

- Eu vou. - Doyoung seguiu fazendo carinho nos cabelos de Jaehyun. - A última vez que nos vimos não foi nada amigável. Não quero que tudo entre nós acabe assim.

Abraçando levemente o corpo do menor, Jaehyun manteve sua expressão suave. Seu silêncio foi um convite para os lábios de Doyoung começarem a tocar a pele alva de seu rosto.

- Acho que você não tem noção do quão puro é, Kim Doyoung. - Disse a voz rouca do mais velho.

O humano comum fez que não.

- Não sou. Você sabe que não sou.

- Ter consideração pelo seu amigo é algo puro. Não deixe essa pureza se perder.

Doyoung entendeu o que o outro quis dizer. No entanto, não ir atrás da verdade parecia bobo demais para si. Não iria viver normalmente depois de tudo o que descobriu sobre seu padrasto.

- Ninguém morre puro. Eu só não vou querer morrer com arrependimentos, por mais que eu viva com remorso.

Jaehyun compreendeu que não dava para mudar a mente de Doyoung. Extremamente igual a Dongyoung, nesse aspecto. Deixou um pequeno beijo no canto do lábio do menor.

- Você é tão teimoso quanto eu.

Finalmente, Doyoung sorriu.

- É, acho que sim.

Um beijo levou ao outro até chegarem ao ponto de repetirem a dose do sexo. Doyoung adorava se sentir preenchido pelo bruxo o qual nunca imaginou que conheceria, bem como tocar o corpo maior com os lábios, se perder nas orbes rubras e ter seu pescoço mordiscado e sugado pela boca que tanto o dava prazer.

O Bruxo de Bukhansan - DoJaeOnde histórias criam vida. Descubra agora