O Garoto sem Nome

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Como prometido, aqui está o primeiro capítulo do flashback ❤️

Achei mesmo que eu pude colocar em um só capítulo todos os eventos do flashback, mas não deu kkkk porém, vocês vão ter tudo mais detalhado. Espero que não esteja muito corrido. Espero que gostem!

Boa leitura ❤️

~*~

Dinastia Joseon, 1582

- Um, dois... - Taeyong riu ao contar. - Um, dois, três, agora! - Ao seu comando, um Yunoh de onze anos pegou um peixe que estava nadando no riacho onde ambos iam pescar de vez em quando. O animal quase fugiu das mãos pequenas do mais novo, mas ele conseguiu capturá-lo.

- Consegui! - Vangloriou o menor. - Olha Tae-hyung! Eu consegui!

O mais velho, de treze anos, se aproximou de Yunoh, molhando seus pés e bagunçou os cabelos dele.

- Você é muito esperto, Yunoh! - Fez o outro despejar o peixe no balde de madeira que levava os peixes pescados. Conseguiram o suficiente para a janta.

Não que o clã Jung necessitasse de mais comida. Era algo que os irmãos se divertiam fazendo, além de brincarem por aí de qualquer outra brincadeira. Não havia muitas crianças no convívio deles, então apreciavam a presença um do outro o quanto podiam.

Quando Taeyong, o mais velho, soube que ganhou um irmãozinho, ficou tão feliz que não cabia em si. Isso significaria que teria alguém para brincar. Era certo dizer que ele foi a primeira pessoa que amou Yunoh, já que seus pais não queriam um segundo filho. Foi uma exigência do avô dos garotos, que com toda a sua arrogância, dizia que mais um herdeiro poderia potencializar o poder e status do clã.

Yunoh nasceu e cresceu sob olhares nada agradáveis. Quando recém-nascido, era apenas mais um herdeiro. Quando cresceu o suficiente para conseguir conjurar algum tipo de magia, as faíscas que saíam de seus dedinhos era um sinal ruim. Ele deveria ter uns quatro ou cinco anos de idade quando utilizou magia do fogo pela primeira vez. Para o espanto de seus pais, era um feiticeiro do fogo. Logo, um mau agouro.

Taeyong se lembrava de ter que defender o seu irmãozinho das constantes violências de seus pais. Uma vez em particular, seu pai deu um tapa tão feio em Yunoh que a marca ficou no rostinho choroso do mais novo por dias, apenas porque o garotinho, sem conseguir controlar seus poderes, botou fogo em um carpete. Era difícil para o mais velho ter que segurar o seu irmão no colo, o vendo chorar enquanto tentava acalmar, isso com apenas sete anos de idade.

Não era diferente para um Yunoh pré-adolescente. Assim que chegaram no muro onde separava a moradia dos Jung do restante da vila, o mais novo se sentou em uma pedra lisa que havia na decoração da entrada oval do local, o que chamou a atenção de Taeyong.

- Não vai entrar, Yunoh?

O menor fez que não.

- Ainda não. Papai ainda tá bravo comigo.

Taeyong suspirou e colocou o balde no chão para se aproximar dele.

- Não se preocupe. Ele me escuta, então vou conseguir te proteger.

É verdade. Taeyong, por outro lado, era tratado como um verdadeiro prodígio. Afinal, não é todo dia que um feiticeiro consegue utilizar a magia de dois elementos ao mesmo tempo. Por mais que o adolescente insista que foi apenas sorte dele, sua educação e sua inteligência, bem como sua inclinação forte para ser curandeiro, mesmo assim era motivo de muito apreço das pessoas.

O Bruxo de Bukhansan - DoJaeOnde histórias criam vida. Descubra agora