CHOCOLATE QUENTE

909 73 13
                                    

                                                     𝐀𝐍𝐀 𝐅𝐋Á𝐕𝐈𝐀                                                   ροint οf viεw                                                                             

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


                                                     𝐀𝐍𝐀 𝐅𝐋Á𝐕𝐈𝐀
                                                   ροint οf viεw
                                                                            

Perguntamos ao mesmo tempo, Gustavo pega Aurora no colo e nos encara com um olhar confuso.

- Perdão, vocês se conhecem?

- Boa noite Sr. Gustavo. Que bom que chegou, desculpe o espanto é que essa é a Ana, minha irmã. O que vocês estão fazendo juntos?

Gabi me lança um olhar sugestivo e sinto meu rosto ruborizar.

-  Gabi, e-eu e o Dr. Gustavo, nós...

- Ana Flávia é minha estagiária. Ela perdeu o horário do ônibus e eu estava levando ela pra casa quando a tempestade começou e as estradas fecharam. Então a trouxe pra  cá, para que pudesse pedir um Uber depois que essa chuva passar.

Ouço um trovão alto romper o silêncio que se formou após a fala de Gustavo e me encolho, nesse momento Aurora, que já estava no chão vai de encontro às minhas pernas e as abraça.

- Não gosto desse barulho, tia.

Sempre tive facilidade para lidar com crianças, talvez por ter crescimento cuidando de Gabi como se fosse minha filha.

Olho para baixo e faço um carinho nos cabelos de Aurora, ela ergue um pouco o rosto para me olhar de volta e solta um sorriso banguela. Parece que ela gostou de mim.

- Ei gatinha. Tá tudo bem. Por que você não vem com o papai e deixa a tia Gabi e a tia Ana conversarem, uh?

Gustavo segura na mãozinha de Aurora e caminha com ela para outro cômodo da casa, enquanto isso, Gabi e eu nos encaravamos espantadas e sem querer soltamos uma risada baixa.

- Eu não acredito que o megero é o seu chefe, Gabi! Por que você nunca me disse?!

Sussurro baixinho quando chego mais perto da minha irmã, ela solta uma risada baixa e coloca o indicador na frente dos lábios, pedindo para que eu falasse mais baixo.

- Como é que eu ia saber? A gente mal tem tempo para conversar. Além do mais, o Dr.Gustavo é uma ótima pessoa, e não me parece nenhum pouco com um megero.

- Fale por você, eu achei que você receberia meus órgãos dentro de uma caixa com essa carona que ele decidiu me dar.

- Não seja tão dramática, Ana Flávia.

Rolo os olhos e lhe mostro a língua, como fazemos desde criança para implicar uma com a outra. Nesse momento, Gustavo volta para a sala, vestindo um moletom, meias e pantufa, seu cabelo agora está umido e em suas mãos tem um livro de histórias infantis.

- Gabi, será que você poderia ler até a Aurora dormir? Eu tentei, mas ela pediu por você. Além do mais, o quarto de hóspedes está arrumado, caso queiram descansar até a chuva passar.

Mente, Corpo & Alma | miotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora