|| 思想、身體和靈魂 ᥫ᭡
𝐆𝐔𝐒𝐓𝐀𝐕𝐎 𝐌𝐈𝐎𝐓𝐎 é um médico bem sucedido que recebe uma proposta de emprego irrecusável.
𝐀𝐍𝐀 𝐅𝐋Á𝐕𝐈𝐀 é uma estudante de especialização recém formada.
Vidas opostas, a mesma paixão: a mente humana.
Iria o destino, uni...
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𝐆𝐔𝐒𝐓𝐀𝐕𝐎 𝐌𝐈𝐎𝐓𝐎 ροint οf viεw'
Ficamos no parque até ao anoitecer, depois de comer praticamente tudo o que Ana havia preparado, resolvemos que iríamos jogar vôlei de areia. Eu não sou a melhor pessoa do mundo com esportes que envolvem bola, na verdade eu não sou bom com esportes em geral.
Éramos eu e Ana contra outras duas crianças e não sinto vergonha de dizer que perdemos feio, as meninas serão as próximas Gabi e Sheilla, anotem o que estou falando. Quando a partida acabou, voltamos para onde estávamos sentadas, tomamos um pouco de água e começamos a guardar as coisas, logo saímos em direção ao estacionamento, deixamos tudo no porta-malas e quando fiz menção de entrar no carro, Ana me prensou contra a porta, olhando para os lados para se certificar de que ninguém estava prestando atenção em nós e juntou seus lábios nos meus, foi um selinho demorado que logo tomou outras proporções. Suas mãos estavam ao redor do meu pescoço e eu aproveitei para segurar sua cintura, antes de nos separarmos puxei seu lábio inferior entre os dentes e sorrimos.
- E agora, vamos para casa?
- Agora - ela se afasta um pouco retirando uma das mãos do meu pescoço e segurando meu queixo - Você vai deixar dirigir.
O quê?
- Como é? Você está pedindo para dirigir meu carro?
- Não, estou te avisando que vou dirigir o seu carro.
- E eu posso saber para onde você vai nos levar?
- Quando chegarmos você descobre.
Ela me dá um selinho, desce a mão até o bolso traseiro da minha calça e puxa as chaves.
- Vamos, já está anoitecendo.
Sem estar em condições para discutir, apenas deixei que Ana entrasse do lado do motorista e fui até o outro lado, colocamos o cinto e confesso que me surpreendi quando vi manobrando o carro de maneira profissional para sairmos do parque.
- Não sabia que você dirige tão bem.
- Eu faço muitas coisas bem.
Me olhou de canto de olho, piscou e sorriu de maneira sugestiva, sem tirar a atenção da estrada e continuou o trajeto. Como estava de co-piloto, as músicas ficaram sob minha responsabilidade, conversámos, riamos e cantávamos animados, em um determinado momento recebi uma mensagem de Giana. Era uma foto de Aurora e Rogerinho brincando no sofá da sala, o vira-lata caramelo era um filhote muito levado, e minha filha não era tão diferente. Quando o carro parava entre um semáfaro e outro, Ana aproveitava para me dar selinhos rápidos, e eu achava a coisa mais graciosa possível. Há muito tempo não me sentia assim, tão leve e feliz.
