|| 思想、身體和靈魂 ᥫ᭡
𝐆𝐔𝐒𝐓𝐀𝐕𝐎 𝐌𝐈𝐎𝐓𝐎 é um médico bem sucedido que recebe uma proposta de emprego irrecusável.
𝐀𝐍𝐀 𝐅𝐋Á𝐕𝐈𝐀 é uma estudante de especialização recém formada.
Vidas opostas, a mesma paixão: a mente humana.
Iria o destino, uni...
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𝐀𝐍𝐀 𝐅𝐋Á𝐕𝐈𝐀 ροint οf viεw'
Maratona 2/10.
De todos os dias da semana, o domingo é, em minha opinião, o pior dia. Acordamos tarde, porque dormimos tarde, almoçamos tarde, porque acordamos tarde e ainda temos que comer no jantar a mesma comida do almoço, além é claro, da tristeza e desespero de lembrar que no dia seguinte é segunda-feira, e tudo começa de novo.
Passei a manhã toda estudando neurociência e só parei quando Gabi veio me chamar para almoçar. Sou péssima na cozinha mas a minha irmã manda muito bem.
Depois colocamos um filme chamado "Purple Hearts" , que estava bombando na Netflix, mas confesso que a única coisa que me fez sentir vontade de assistir foi o fato de que eu poderia ver meu ator favorito por duas horas.
Não sei precisar em que momento adormeci, mas acordei com o sol se pondo na janela atrás de nós. Me levantei e fui tomar um banho gelado, pois o dia estava quente e muito seco (como se fosse novidade), decidi que precisava distrair a minha cabeça, precisava pensar em qualquer outra coisa que não fosse o fato de que Gustavo não me ligou como disse que faria.
Por isso, penteei os cabelos, os deixando secar naturalmente, vesti um short e uma camisa e fui até o sofá da sala para tentar acordar Gabi.
- Ei, pirralha! - sussurrei e a balancei um pouco. - Gabriela, acorda.
Ela não me respondeu, apenas abriu os olhos e me encarou brava, ela odiava ser acordada.
- Estou indo dar uma volta de bicicleta no parque, quer vir comigo?
Negou com a cabeça e enterrou o rosto ainda mais nas almofadas do sofá.
- Tudo bem, eu não demoro, na volta vou passar no Nilso's e pegar uma pizza pra gente jantar, tá bom? Não precisa se preocupar.
Falei deixando um beijo em sua cabeça, deixei meu celular em cima da mesa, para não correr risco de ser assaltada, tranquei a porta e desci para pegar a bicicleta no porão do prédio. As ruas estavam movimentadas e havia muitas pessoas caminhando, pedalando e passeando por todo lugar.
[....]
Não sei por quanto tempo pedalei, a verdade é que a ciclovia era enorme e acabei me empolgando, fui para um parque um pouco mais longe. Muitas flores e um lago preenchiam todo o local, no grande gramado havia barriguinhas e food trucks que eram iluminados por várias luzes amarelas penduradas.
Amarrei a bicicleta junto com as demais e me sentei em um branquinho que tinha a visão privilegiada do parquinho infantil.
Fiquei olhando, me recordando de quando eu e Gabi éramos crianças, adoravamos brincar de esconde-esconde junto com as crianças do nosso bairro, sempre que uma ficava contando, a outra dedurava onde as outras estavam escondidas, assim, nunca perdemos uma partida sequer.
