14. Aragogue

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O verão espalhou-se lentamente pelos jardins que cercavam o castelo; o céu e o lago, os dois, ficaram azul-clarinhos, e flores do tamanho de repolhos se abriram nas estufas da professora Sprout.

Mas sem Hagrid caminhando pelos jardins com Canino nos calcanhares, a paisagem vista das janelas do castelo não parecia normal para Olivia, aliás, era pouco melhor do que o interior do castelo, onde as coisas pareciam terrivelmente erradas.

Olivia e Clara tentaram visitar Nicolas e Hermione, mas as visitas à ala hospitalar agora não eram permitidas.

– Não queremos mais nos arriscar – disse Madame Pomfrey, com severidade, por uma fresta na porta da enfermaria. – Não, sinto muito, há grande possibilidade de o atacante voltar para liquidar os pacientes...

Com a saída de Dumbledore, o medo se espalhou como nunca antes, de modo que o sol que aquecia as paredes do castelo por fora parecia se deter nas janelas de caixilhos. Quase não se via na escola um rosto que não parecesse preocupado e estivesse tenso.

Harry repetia constantemente para si mesmo as últimas palavras de Dumbledore: “Só terei realmente deixado a escola quando ninguém mais aqui for leal a mim... Hogwarts sempre ajudará aqueles que a ela recorrerem.” Mas de que adiantavam essas palavras? A quem exatamente pediriam ajuda quando todos estavam tão confusos e apavorados quanto
eles?

A dica de Hagrid sobre as aranhas era muito mais fácil de entender  " Se alguém quiser descobrir alguma coisa, é só seguir as aranhas. Elas indicariam o caminho certo." – o problema era que não parecia ter restado uma única aranha no castelo para se seguir. Olivia procurava por todo lado aonde ia, com a ajuda de Harry e (um tanto relutante) Rony. Eles eram atrapalhados, é claro, pelo fato de não poderem andar sozinhos, tinham que se deslocar pelo castelo com um grupo de alunos, isso se tornou uma espéciede regra. A maioria dos seus colegas pareciam satisfeitos em serem acompanhados de aula em aula por professores, mas Olivia achava isso muito irritante. Claro que era necessário, mas não deixava de ser desconfortável.

– Eu sempre achei que meu pai era a pessoa que iria se livrar de Dumbledore – disse sem se preocupar em manter a voz baixa. – Falei com
vocês que ele achava que Dumbledore era o pior diretor que a escola já tinha tido. Talvez a gente tenha um diretor que mantenha a ordem. McGonagall não vai durar muito tempo, ela só está substituindo...

Snape passou por Olivia sem fazer comentários. Milagre.

– Professor – perguntou Draco em voz alta. – Professor, por que é que o senhor não se candidata ao lugar de diretor?

– Vamos, Malfoy – respondeu Snape, embora não conseguisse refrear um sorrisinho. – O Prof. Dumbledore foi apenas suspenso pelo Conselho. Quero crer que estará de volta conosco logo, logo.

– É, claro – disse Draco, rindo-se. – Acho que o senhor teria o voto do meu pai, professor, se quisesse se candidatar, vou dizer ao meu pai que o senhor é o melhor professor que temos, professor...

Snape sorriu enquanto andava pela masmorra, felizmente sem ter visto que Simas Finnigan fingia vomitar no caldeirão.

Quando Olivia se aproximou zangada de Draco ele já apressou em dizer:

- Meu pai quer que Snape seja diretor. Falei aquilo por que ele mandou e não por que quis. - Ele deu um meio sorriso para a garota de olhos verdes a sua frente. - Caia entre nós, até o Sr.Binns é melhor que esse aí. - Ele sussurrou e deu risadinhas discretas.

Harry logo a meteu em um plano estúpido, mas inteligente; Iriam entrar na Floresta Proibida. A capa estava com Olivia então ela iria até Harry e Rony e então partiriam junto para fora do castelo. Combinaram tudo por meio de bilhetes estragados por Edwiges.

Olivia Potter e a Câmara Secreta [2]Onde histórias criam vida. Descubra agora