Olivia pensou em Gina naquele fim de tarde. Pensou que ela provavelmente estaria morta. Mas não poderia ficar fofocando com Clara enquanto tinha alguma chance da ruiva estar viva ou lutando para sobreviver.
Quando Clara foi ao banheiro, Olivia aproveitou a deixa e saiu do quarto. Passou pela comunal repleta de aluno tristonhos e ninguém protestou quando ela saiu da comunal. Os corredores estavam vazios, então foi fácil para a menina chegar até a sala Comunal da Grifinória.
- Vocês tem que parar de terem as mesmas ideias! - Ronald exclamou quando trombou com Olivia quando ia saindo pelo retrato.
- Quer ir falar com Lockhart, não é? - Perguntou Harry já sabendo a resposta. A ligação que eles tinham era imensa, era admirável.
- Vamos logo. - Olivia os chamou e eles desceram as escadas.
Anoitecia quando desceram à sala de Lockhart. Parecia haver muita atividade lá dentro. Ouviram coisas sendo arrastadas, baques surdos e passos apressados.
Harry bateu e fez-se um repentino silêncio na sala. Então abriu-se uma frestinha na porta e eles viram o olho de Lockhart espreitando.
– Ah... irmãos Potter... Sr. Weasley... – disse, abrindo um pouco mais a porta. – Estou muito ocupado no momento, se puderem ser rápidos...
– Professor, temos umas informações para o senhor – disse Harry. – Achamos que podem ajudá-lo.
– Hum... bem... não é tão... – A metade do rosto de Lockhart que podiam ver parecia muito constrangida. – Quero dizer... bem... muito bem...
Ele abriu a porta e os garotos entraram. Sua sala tinha sido quase completamente desmontada. Havia dois malões abertos no chão. Vestes verde-jade, lilás, azul-meia-noite, tinham sido
apressadamente dobradas e guardadas em um deles; livros tinham sido enfiados de qualquer jeito no outro. As fotografias que cobriam as paredes agora estavam comprimidas em caixas sobre a escrivaninha.– O senhor vai a algum lugar? – perguntou Harry.
– Hum, bem, vou – disse Lockhart, arrancando um pôster com a sua foto em tamanho natural das costas da porta, enquanto falava, e começando a
enrolá-lo. – Chamado urgente... inevitável... tenho que partir...– E a minha irmã? – perguntou Rony de supetão.
– Bem, sobre isso... foi muito azar... – respondeu Lockhart, evitando encarar os garotos, enquanto puxava uma gaveta com força e começava a
esvaziar o seu conteúdo em uma mochila. – Ninguém lamenta mais do que eu...- Se lamenta-se iria atrás dela! - Olivia exclamou indignada. Ele iria simplesmente fugir daquele jeito?
– O senhor é o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas! – exclamou Harry. – Não pode ir embora agora! Não com todas essas artes
das trevas em ação!– Bem... devo dizer... quando aceitei o emprego... – resmungou Lockhart, agora amontoando meias por cima das vestes – nada na descrição da
função... não era de esperar...– Depois de tudo que fez nos seus livros está fugindo. - Disse Harry incrédulo.
– Os livros podem ser enganosos – disse Lockhart gentilmente.
– Mas foi o senhor quem os escreveu – gritou Olivia. - Você é um mentiroso!
– Meu caros - disse Lockhart se endireitando e amarrando a cara para Harry. – Usem o bom-senso. Meus livros não teriam vendido nem a metade se as pessoas não achassem que eu fiz todas aquelas coisas. Ninguém quer ler histórias de um velho bruxo feio da Armênia, mesmo que
tenha salvado uma cidade dos lobisomens. Ele ficaria medonho na capa. Nem sabe se vestir. E a bruxa que afugentou o espírito agourento tinha lábio leporino. Quero dizer, convenhamos...
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Olivia Potter e a Câmara Secreta [2]
FanficPersistente e astuta, Olivia não se deixa intimidar pelos obstáculos que insistiam em aparecer em sua trajetória. Depois das férias sensacionais, é hora de Olivia voltar para Hogwarts. As novidades não são poucas. Novos colegas, um novo professor ar...