C A P I T U L O _ 8

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Milena me acompanhou de volta para o casarão de Marcos. Enquanto retornávamos, o Sol já se escondia atrás do mar, que estava agitado com grandes ondas. O calor do dia deu lugar à brisa fria da noite.

Ao chegarmos, alguns capangas do homem de negro nos ajudaram a descer da carroagem, desaparecendo na escuridão da estrada após o gesto de ajuda.

Ao entrarmos, percebo Marcos conversando silenciosamente com uma das criadas. Seu sorriso desaparece ao me ver, dando lugar a um rosto enrugado.

- Onde você estava? - ele altera a voz.

Mesmo tendo sempre medo de algo acontecer, naquele momento, não o temi.

- Estava em uma de suas fazendas, cavalgando.

- Hm - ele bufa, colocando as mãos na cintura e mordendo os lábios com fúria - Então você acha adequado uma mulher casada andando sozinha, ainda mais à noite?! O que as pessoas vão pensar que tenho uma esposa desnaturada!

- Eu não me importo com o que as pessoas vão pensar. Já passo por coisas demais para me estressar com você. Você deveria pensar em mim e não no que as pessoas pensam!

Ele avança em minha direção, pegando meu braço com força.

- Olha aqui, você não ouse levantar a voz contra mi...

Algo o interrompe. Seu olhar se volta para algo atrás de mim, e ao olhar, vejo Milena encará-lo com fúria e desdém.

- Solte-a, por favor, senhor Marcos. - ela diz serena, mas sua expressão de nojo não recua.

Ele bufa e solta meu braço, caminhando com passos pesados até a cozinha. Massageio meu braço, agora dolorido e vermelho.

- Senhorita, nós temos que prepará-la para o jantar - diz uma das criadas, se aproximando para me guiar. No entanto, a frustração por Marcos poder fazer qualquer coisa comigo enquanto elas ficam inativas só intensifica minha ira.

Sem responder à criada, saio enfurecida em direção ao quarto, onde sei que Milena está atrás de mim.

. . .

A noite cae com a ventania fria se aproximando, um dos cintomas da lua dourada, o colar com somente uma pedra no formato de cota no sento se permanece preto, mais com suas beiradas levemente dourado.

Na meça ao lado da sala um vazo com dez rosas azuis esbranquiçadas estão em um vazo transparente com água.

Dez rosas

Dez meses

- o dia da sua chegada esta se aproximando, e dá minha partida só se aproxima..

. . .

Milena abotoa o meu vestido levemente azul com um babado guande na linha dos ombros, só agora pude perceber um leve volume na area da barriga, é tao sutil que somente olhando com com calma da para se perceber, ja se passou um mês...

Levanto o olhar para o espelho vendo Milena terminando de abotoar o vestido concentrada.

- Milena..

- sim ?

- porque.. você quis me ajudar, deis do começo?

Ela para de abotoar o vestido elevando seu olhar para o nada, e logo olha para mim pelo o espelho, seu olhar é sereno, mais ao mesmo tempo procura palavras para responder a pergunta.

A Escolhida do Amaldiçoado Onde histórias criam vida. Descubra agora