A Escolhida do Amaldiçoado

C A P I T U L O _ 12

Desperto devagar, o clima está agradável, o sol quente tinha voltado depois de tanto tempo.

Observo a pequenina ainda ao meu lado respirando suavemente.

A minha cabeça era como um labirinto, eu não sabia onde ir... sem saber o que dizer. As minhas inseguranças e medos me deixram cega, não quero ser carregada pelos meus pensamentos, orincepalmente pelos de levar minha filha.. minha primeira e única filha para longe, sem sequer saber o seu destino. A partir desse momento prometo protegê-la, e cuidar desta pequena.
Ouço a tranca da porta fazer barulho quando vejo a porta sendo aberta por Milena.

- olá minela, onde esteve ?

- estive pegando algumas ervas medicinais para seu cuidado - ela se enclina para observar a pequena, seu rosto era sereno e calmo.

- ela é tão pequenina, fico muito feliz que tenha mudado de ideia senhorita.
Ela se endireita novamente com um sorriso sereno no rosto, mas sua expreção de felicidade some, dando lugar a um rosto cheio de preocupação.

- senhorita por acaso a senhora já arranjou um nome para a pequenina? - Olho para Milena sem palavras, tudo aconteceu tão rápido, as coisas aconteceram rápido de mais, que nem pude pensar em um nome, mal pude perceber que a minha filha ainda não tinha um nome.

Quando nos olhávamos a pequena começou a se mexer e logo soltou um choro, fraco, parecendo que estava usando todas as forças para indicar que estava com fome.

Milena pega a pequena a levando para a sua ama de leite, me deixando sozinha com meus pensamentos.

Encosto levemente na poltrona deixando meu corpo relaxar com o seu próprio peso, o pensamento de não ser capaz de amamentar minha própria filha começou a me deixar com um peso no coração.

. . .

- Catarina?

- não..

- beatrise ?

- não..

- senhorita estamos a duas hora saqui. A senhorita precisa escolher um nome para a pequena..

Ela solta um suspiro de cansaço, a pequenina estava em outro quarto sendo amamentada pela ama de leite.

- que tal sairmos ?

- sairmos? senhorita se concentre agora na sua pequena sem nome, não podemos chamar lá de pequena para sempre.

- vamos Milena, estou precisando tomar um pouco de ar fresco.

Nos arrumamos para uma caminhada longa queriamos aproveitar o tempo que estava fresco, em pleno outono o clima estava pereito. Nos arrumamos, colocamos roupas confortaveis e bons calçados, queriamos caminha principalmente pela cidade e também sentir suave toque da grama em nossos pés, não sei dizer, mas sentia que deveria sair.

Milena e eu descíamos a escada pela porta da frente quando vimos Valentina conversando casualmente com Marcos. Não é novidade que ela é amante de Marcos, mas esperava que fossem mais discretos.

- Certeza que vamos a pé, senhorita? - disse Milena com uma cesta em mãos.

- Senhorita Safira! - disse uma voz masculina distante. Por um instante, me viro assustada. Olho na direção do homem que vinha em sua carroça, meu coração palpita de alegria ao ver Marcelo acenando para nós.