C A P I T U L O _ 17

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● 29/05 _ 17:50 ●

Safira

Meu olhar se concentra no homen, que caminha suavemente na direção do jardim, seus cabelos eram curtos acima do ombro, o que parece nao ter uma aparencia normal de um homen europeu, sua estatura alta e forte, um manto negro acobertava todo seu corpo vendo somente as mãos que estavam segurando uma a outra atrás de seu corpo.

O homen parou e pegou uma das rosas do jardim, suave e silencioso voltou a caminhar e derrepente olhou diretamente para mim, meu coração palpitou de espanto e o que menos imaginei...medo.

Por um breve período de tempo fico paralisada, em choque, ele estava sério e calmo, seus traços asiáticos eram evidentes o que o mantia muito sedusente, principalmente seus olhos, que pareciam de ouro, muito encantador, eram dourados... como a lua da noite passada.

Olho para o berço de minha filha, onde a vejo descansar, olho novamente para o jardim vejo que o homem não está mais la. Coloco a mão no peito sentindo meu coração palpitar de tenção.

- calma Serafim, se acalme.. - digo para mim mesma.

Suspiro calmamente, volto ao lado do berço de minha pequena, onde a mesma suspirava, tranquilamente, ouço um ranger vindo do canto do quarto, a madeira range novamente podendo sentir a presença de alguém, me viro lentamente com medo de ver o que me aguardava. Me assusto ao ver uma sinueta escura no canto do quarto, como se a fumaca nao tivesse para onde sair.

Olhos dourados apareceram em meio a escuridão, um desespero percorreu meu corpo, o medo era de se queimar o peito, a vontade de fugir para longe vinha como um grito de desesperador, penso em minha filha atrás de mim indefesa... mas meu corpo se força a olhar para a escuridão.

Percebo que talvez ver figuras sombrias seja as consequências de mexer com trevas e "magias antigas", então decido encarar meus demônios por conta própria colocando o desespero de lado.

- quem é você? - pergunto apreensiva, ao mesmo tempo, quero acreditar que é somente coisa de minha cabeça, um pesadelo.

A criatura se mantém imóvel, com seus grandes olhos arregalados, ele solta um ar denso e negro se espalhando prlo quarto, e um cheiro de enxofre se alastra pelo ambiente.

- eu não sei o que pretende fazer mais por favor não machuque a minha filha... se for fazer algo... faça comigo! Foi eu que invoquei você! Sua divida é comigo! - minha foz sae clara mas trêmula.

Em segundos a criatura se move como fumaça para frente, em um ato de desespero fecho meus olhos, por um momento, sinto uma sensação de imensidão, parece que estou sozinha novamente, não ouço nada ao meu redor sinto um aperto em meu peito e logo essa sensação some e sinto a presença de alguém novamente.

- OLHE !

Me assusto e o desespero que vem como uma avalanche, o medo me faz encolher a minha própria mão que cobria minha boca, as lágrimas escorriam rápidas.

- olhe... olhe para mim... - diz a besta

Sua voz duplicada fica mais calma e serena. Suas intenções ficam mais claras e aparentes, sinto uma leve sensação de piedade e pena vindo dele.

Levanto o olhar para a escuridão que me encara de volta, sua aparência era a mesma do jardim, de um homen jovem e maduro, mas dava para se notar uma leve transparência em sua pele como se não estivesse completamente em sua forma física. Nosso silêncio era escandaloso, mas em seu olhar mantia a rigidez.

- devo-lhe admitir que sua presença é apavorante.. - digo em um sussurro.

A criatura se mantia calada, mas expôs um leve sorriso, mas não de alegria e sim de orgulho, alguém convencido. Seu olhar dourado se direciona a minha lateral onde a pequena estava adormecida, meu corpo congela e se coloca a sua frente torcendo para que sua atenção volte a mim e que a situação não saia de controle.

Ele se dispersa no ar em uma fumaça densa e escura, é como se eles estivesse se desintegrando, algo amedrontador.

Por um segundo penso que posso descansar quando sua presença passa igual a um raio atrás de mim, tento afastar a fumaça com a esperança de que nada tenha acontecido, mas toda minha esperança é esmagada quando vejo que o berço está vazio, o vazio e desespero percorre como um arrepio pelo meu corpo, tento olhar através da fumaça vendo uma sinueta a frente da janela, que era o único lugar que emitia luz de fora.

A sensação de estar sendo segurada pela fumaça é eminente, a insignificância me bate como se tudo fosse culpa minha, como se não estivesse tomando a decisão certa como se não fosse o suficiente.

- por favor não fassa nada com minha filha - minha voz soa fraca, o caminhar lento dá a sensação de fraqueza e imponência.

A sombra se permanecia imóvel de costas para mim, logo ouço um bocejo de minha filha.

O homem estava a olhando fixamente e sussurrava uma cantiga em uma língua estranha, as cortinas dançam com a brisa fria que penetrava o quarto, deixando a luz da lua tocar lá, estava vendo o que nunca pensei em ver, a pequena estendeu suas mãos para cima, como se pudesse tocar o homen que a segurava. O mesmo que olhava com serenidade e clareza.

- Selene... - diz ele.

Ele se vira novamente para mim, sem dizer nenhuma palavra, ele caminha suavemente a colocando novamente no berço, e olha em meus olhos, sinto que com tal olhar ele pedia para que me acalmasse

Meu peito ainda está apertado, o homen já estava sem suas pernas, estavam em forma de fumaça, e estava se empregando em seu corpo, mas mesmo assim demorou o tempo que foi para colocar-lá de volta no berço, mesmo em seu corpo entrando em um estado de fumaça por completo.

Após sumir, a fumaça voa suavemente para fora da janela.

- Selene - digo para mim mesma cona certeza de não esquecer

. . .

Olá minha gente, voltei depois de aproximadamente duas semanas se não me engano.

Admito quebestou bem desmotivada, e a criatividade para escrever acabando aos poucos, mas irei continuar esta obra, e a do Erwin também.

É como se nossa mente precisasse de um tempo para nos, obg aos poucos que decidem tirar um tempo para ler as minhas obras.

❤️‍🩹

A Escolhida do Amaldiçoado Onde histórias criam vida. Descubra agora