C A P I T U L O _ 19

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● _ No mesmo dia _ ●

Rubem

- vamos, te ajudo a subir - diz Rubem se referindo ao cavalo.

- não, eu posso ir andando - diz Olivia.

- de forma alguma, um cavalheiro jamais deixa sua dama andar por essas ruas de terra ainda mais sozinha - ela se mostra um pouco acanhada.

Suas mãos se erguem como de uma criança a pedir aconchego, minhas mãos acolhem sua sintura e as dela seguram meus ombros. Um impulso rápido a coloca em cima do cavalo, seu rosto estava avermelhado e suas mãos trêmulas, sua vulnerabilidade chega a ser extremamente sedusente.

Desvio minha atenção para a redia do cavalo, ao caminhas percebo uma leve tenção em meu menbro, oras se controle Rubem, e só uma mulher como todas as outras... não?

Talvez esteja enganado, com tanta formosura em seu olhar, o tom de seus olhos castanhos mel, sua voz doce, e suas mãos delicadas como de uma boneca junto aos seus cabelos negros como a noite, mas com um corpo de mulher madura. A primeira vez que a vi, foi quando Marcos a levou com sua lider Valeria para a fazenda, nossos olhares se ipnotizaram como uma corda presa a duas estacas. Seu vestido rosa claro a fez realçar sua beleza e pureza, seus lábios rosados eram ipnotizantes como um vinho adocicado e delicado que te derruba aos poucos.

- senhor Rubem - diz ela num tom discreto. Sua voz é como um estralo de realidade com as memórias de recordação.

- sim ?

- o senhor ama muitas mulheres ?

Um espanto fica estampado em meu rosto, que raios de pergunta é esta ?

- umm sim eu amei muitas mulheres - olho para ela que abaixa a cabeça com que eu digo - mas.. mas eu não sou mais assim ! Eu agora só ligo para o meu trabalho de vigilância, não estou tendo cabeça para novos romances - digo com minhas voz sobrecarregada de desespero, a verdade, é que não quero me relacionar, mas a beleza e soberania de Olivia é sobrenatural, comparado a Luxúria.

O seu silêncio me entriga, mas percebo que quando a senhoria Valéria a trata com mal dizer ou a humilha, senhorita Olivia tem costume de ficar mais em silêncio, queria tanto que ela se abrisse para mim, poderia livrá-la de todos que façam mal a ela.

Ao virar a curva da estrada dos carvalhos secos, o sol se escondia além do oriente, a rua toma um tom alaranjado das lamparinas da cidade, o arco da entrada da cidade feito de terra mostrava que a pequena cidade ainda estava em grande movimento, uma música por trombetas era de se ouvir, a cidade estava em festa, palhaços estavam espalhados pela cidade espalhando alegria e doces.

Amarro a guia do cavalo em uma estáca de madeira, vou ao lado do cavalo e estendo meus braços para que ela se apoie em mim para descer.

- obrigado senhor Rubem..

- não tem de que minha dama - por alguns segundos suas mãos esquentam meu peitoral, sua aproximidade me fazia sentir seu aroma de flores e mel, seus olhos fixos aos meus, como se o mundo tivesse parado a nossa volta.

- bom ... eu vou comprar as coisas para a senhorita Valéria - ela se afasta ainda sem jeito.

- se quiser posso te levar de volta para não voltar sozinha.

A Escolhida do Amaldiçoado Onde histórias criam vida. Descubra agora