Sol, São Paulo, Casa do Matheus.
O after do cena tinha acabado de começar, eu e Teto chegamos juntos porém naquele mar de gente acabamos nos perdendo, eu me sentia um pouco deslocada e desconexa, nunca tinha passado por um lugar com tanta gente ''famosa'' antes, batia o olho e pelo pouco que sabia conhecia umas 3 pessoas que já cantaram com o Matheus ou o Teto.
Encosto na bancada pegando uma cerveja na mão, o cheiro forte de maconha invadia o espaço, aquela era a única droga que entrava na casa dele, eu sabia pois a mãe dele tinha comentado sobre e por mais que a vida da fama seja sexo, drogas e bebidas, com ele tudo tinha limites.
Quando estou pronta para dar um gole na bebida sinto um puxão no meu braço me arrastando para o lado de fora, que estava mais vazio.
— 'Tá doido? Eu vou gritar aqui! — Disse repreendendo o toque ao perceber que se tratava de Matheus.
— Por que 'cê tá fazendo isso comigo Sol? Tu sabe que anos luz é tua, eu escrevi pra nós, até chorou lá e todo mundo viu, mas quando chegou no camarim já tava com o Teto, de quem você gosta de verdade?
— Como assim? É óbvio que eu gosto dele, eu deixei bem claro pra você depois daquele dia que não tinha ''nós'', você fez tudo isso porque quis, eu e ele somos algo de verdade, o Teto não mente pra mim e é isso que eu preciso, um homem SINCERO. — Dei força para a última palavra.
— Ainda tá nessa? Eu e a Clara somos passado, eu quero você no meu futuro, já não ficou claro depois de todas as tentativas?
— Você chegou tarde demais, agora meu coração pertence ao seu amigo, quer você goste ou não.
Dou as costas segurando as lágrimas. Não iria suportar mais um minuto naquela agonia e não podia parecer frágil. Começo a caminhar pela multidão atrás do Cleriton para irmos embora dali, odeio ser estraga prazer mas se ficasse mais um minuto nessa situação ia explodir.
Ao encontrar com ele apenas sussurro no seu ouvido o meu desejo de ir pra minha casa e ele prontamente atende o desejo sem questionar muito, nunca tinha me relacionado com um homem tão respeitoso assim, ele entendia minhas necessidades e me apoiava incondicionalmente, o que me deixa meio triste por ainda ter sentimentos pelo Matheus.
Era como uma droga que eu não podia evitar, ele sempre estava lá e eu sempre tentava fugir.
— 'Tá entregue meu amor, podemos nos ver amanhã? — Ele pergunta estacionando em frente ao meu prédio.
— Acho melhor ficar um dia de molho, sabe como é, muita agitação do nada.
— Tem razão, mas não se esquece que semana que vem temos o prêmio Multishow para ir, tá?
Apenas afirmo com a cabeça deixando um beijo em seus lábios, que rapidamente se intensificou, suas mãos passavam pelo meu corpo e eu sentia tudo arrepiar, até que em um movimento eu acabo batendo meu corpo conta a buzina, fazendo com que o clima todo fosse cortado.
— Até meu bem, obrigada pelo convite. — Fico vermelha como um pimentão após aquele momento, dou mais um beijo nele e saio do carro.
Abro meu celular e vejo meu Instagram inundado de seguidores novos e comentários, alguns ofensivos e outros me defendendo. Honestamente nem ligo mais, talvez seja mesmo a hora de assumir esse relacionamento e viver a minha vida, quem sabe o Matheus me esquece e me ajude a esquecer ele o mais rápido possível.
Abro as portas do apartamento e encontro apenas o silêncio, era tudo que eu precisava, ficar quieta com meus pensamentos, talvez eu devesse mesmo me mudar para cá e me aproximar mais da minha família e minha história.
oi! comentem e interajam aquii
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Destinado - Matuê.
Romance" Ele não me deu as flores, ou doces. Ele me deu as estrelas e o infinito."