Destinado - Matuê.

014.

OI AMORES!!!! eu ia att no fds mas fui expulsa de casa então só to com tempo agora, vamos lá!

Sol, Dia seguinte.

Minha cabeça estava doendo muito e meu estômago se revirava dentro de mim. O que aconteceu ontem? Eu não reconhecia esse apartamento, mas pelo menos todas as minhas roupas estavam no corpo.

Pego meu celular que estava quente de tantas notificações, ligações e mensagens.

Teto 

Você pegou mesmo o matuê?

Teto

Eu sei que não era nada sério entre nós, mas poderia ter me falado

Teto

Eu também fiquei com outra ontem, você ainda quer continuar?

Teto

Onde você foi?

O que? Eu beijei o Matheus? Meu deus eu não acredito, eu não acredito que fiquei bêbada e aconteceu isso, que merda.

— Sol? Bom dia — A porta do quarto se abre lentamente e escuto uma voz familiar sussurrando. — Você ta melhor?

— Matheus? O que eu to fazendo aqui? Eu não fiz nada além daquele beijo, né?

— Ta tudo bem, eu dormi na sala 

Nós dois rimos baixo.

— Me desculpa por ontem, provavelmente eu causei algo péssimo. 

— Você diz me beijar?

— É, não sei se você queria isso mesmo, Matheus.

Ele entra no quarto devagar e senta na beirada da cama.

— Passei o último ano sonhando em quando a gente iria se reencontrar e eu poderia arrumar meu erro. — Ele encosta sua mão na minha. — Eu torço pra que ao menos no fundo aquele beijo tenha sido de verdade.

Acabamos nos entreolhando, agora quem se questionava se era verdade ou não era eu, mas no fundo eu sabia que sim, estava apaixonada de todo ser com ele, não conseguiria fugir pra sempre daquilo que estava destinado a acontecer.

— Foi... — Suspiro antes de completar a frase. — Sempre vai ser de verdade se for com você. Eu não deveria ter ficado com o teto, só magoei o coração dele quando o meu ainda pertence a você, e sempre irá.

— O meu também é seu, Sol. Eu queria ter tido a oportunidade de mudar tudo desde o dia do casamento, eu fui um babaca fazendo aquilo com a única mulher que eu já amei.

Ele se arrasta para mais perto e quando estávamos a ponto de dar um beijo sinto a ressaca do dia anterior chegar com tudo no meu estômago e levanto correndo.

Sem entender nada Matheus me segue e segura meu cabelo enquanto vomito tudo, sentia uma extrema vergonha, que merda, bem na hora perfeita que eu recebo a declaração que tanto esperei meu próprio corpo me sabota. 

Após me recuperar levanto e vou para a pia lavar meu rosto e escovar os dentes, é oficial, eu nunca mais vou beber.

— Acho melhor a gente ficar em casa, e é melhor nem abrir o celular. —  Ele ri baixo comigo

— A coisa tá tão feia assim? 

—  Diria que de 10 mensagens 11 são me chamando de talarico

— Não quero nem saber o que pensam de mim — Reviro os olhos e vamos juntos até a cozinha. —  Vai me fazer um café da manhã incrível?

Ele concorda com a cabeça.

—  Mas antes vou bolar um, tu quer? —  Ele me oferece um pouco da erva.

— Quer saber, por que não? 

Sentados na varanda eu sinto pela primeira vez desde que pisei aqui a sensação que eu pertenço a um lugar. Esse lugar era o Matheus.