Sol, Paris.
O dia estava com um arco íris no céu, já havia se passado algumas horas desde que eu pousei e a única coisa que eu queria era sentar nos pés da Torre Eiffel para poder me desligar de todos os problemas, então foi o que eu fiz.
Observar a vida dos outros é muito mais interessante do que viver a minha própria, até que uma voz familiar e um sotaque carregado sentam bem do meu lado, era Ele. Talvez o mesmo não tinha reparado na minha presença ali, estava tão concentrado na ligação que não percebeu o que tinha acabado de acontecer.
— Tu não tem noção, mãe. Eu nem sei o que falar pra ela, 'tá ligado? Espero que a gente nunca se encontre aqui, seria extremamente constrangedor. — Escuto enquanto percebo que ele arrancava algumas gramas do chão, ele desliga a chamada como sempre falava com sua mãe, mandando um beijo e um xêro.
Eu me mantive quieta mas acho que ele percebeu que estava sentado na toalha de uma desconhecida, percebi o constrangimento dele e tentei esconder meu rosto com meu celular, torcendo pra que ninguém reparasse no quanto eu estava desnorteada. — I'm sorry — Ele fala se virando para mim, eu tento segurar todos os instintos e não olhar, mas é como se ele estivesse me puxando para sua gravidade.
— Oi. — Eu digo com a voz baixa.
— Sol, oi! Me desculpa, eu já estou indo — Por mais que ele tentasse , o nervosismo era aparente.
— 'Tá tudo bem, pode ficar, não esperava te ver por aqui, mas fico feliz.
— Pensei que não ia querer me ver.. Eu sei que não fui justo contigo na última vez que te encontrei, se não fosse por mim tu provavelmente estaria casada e na lua de mel. — Meu coração estava acelerado, não sabia que ele iria tão direto ao ponto assim.
— Relaxa, ok? Eu tenho que agradecer por me fazer perceber que no fundo, meus sentimentos por você nunca mudaram, casar seria injusto com o Dani. — Coloco minhas mãos nas costas dele, sentindo meu rosto queimar de vergonha. — Aquilo tudo que você disse, é verdade? Ainda?
— Claro que é, Sol! 'Tá doida? Eu te amo desde quando éramos pequeninhos, tu tá ligada que meu papo contigo é de coração, não faria nada pra te machucar. — Meu sorriso estava tão grande que se tornou impossível negar meu alívio e felicidade.
— Talvez a gente possa ser amigos, não tem graça andar em Paris sozinha.
— Também acho pô, tudo com você fica mais legal.
Matheus e eu sempre nos entendemos, ficamos por algumas horas batendo papo ao pé da torre até que eu senti o clima esfriar, ele me ofereceu sua blusa e eu aceitei. A noite ia caindo, ele sugeriu que fossemos jantar para estender nosso encontro e eu concordei. Horas e horas juntos, risadas e encaradas longas, era como se toda a confusão nunca tivesse existido e ele fosse a única pessoa da minha vida.
— Você tira uma foto minha? — Entreguei meu celular para Matheus, ele acenou com a cabeça e eu corri em direção ao meu monumento preferido, a Torre Eiffel.
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soldamanha Me sentindo como Sabrina Fairchild!
gabiis: Quem foi o fotógrafo?
llucianabrasileiro: Sol! Espero que tenha encontrado o Matheus! Beijos.
Matheus, madrugada.
''Terra para Matheus!'' A voz da Sol parecia distante enquanto não tirava os olhos do seu rosto, como poderia existir alguém tão linda, a beleza dela só aumentava conforme os anos, lembro de nós dois pequenos correndo em casa.
— Desculpa aê, agora 'tá entregue né? Te vejo amanhã?
— Eu te espero aqui às 10 horas, ok?
— Claro, vou contar os minutos.
Me despeço dela com um beijo no canto da boca, foi uma situação meio constrangedora então me viro e começo a caminhar o mais rápido que podia.
Quando eu bato o olho nela
Não paro de imaginar besteiraEssa frase estava presa na minha cabeça depois dessa noite, resolvi anotar no meu celular, quem sabe daqui sai a minha primeira música?
Oie! Não sei se tem alguém lendo, mas votem e comentem, beijos.
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Destinado - Matuê.
Romance" Ele não me deu as flores, ou doces. Ele me deu as estrelas e o infinito."