Sol, um mês depois.
Viver ao lado do homem que eu sempre sonhei tem sido incrível.
Todos os dias quando eu acordo ao lado daquele que eu passei anos idealizando em uma fantasia culposa enquanto me deitava com o irmão mais novo, penso que as coisas seriam muito mais fáceis que sempre houvesse esse tipo de sinceridade entre nós dois.
Apesar de termos nos perdoado pelos erros passados, acho que nunca seria capaz de confiar 100% nele, e isso ainda me assombrava um pouco.
— Alô? — Matheus quebra o silêncio do quarto atendendo o telefone, eram 6 da manhã e todo mundo sabe que qualquer ligação a essa hora não serve para nada além de criar uma preocupação.
Meu coração bate acelerado a cada segundo que demora mais para concluir a conversa. Ele estava de costas para mim, o que me impossibilita de ver e analisar as suas reações.
— Tudo bem, 'tô colando ai — Ele finaliza e vira em direção a mim lentamente. — É minha mãe sol, ela 'tá mal.
Sinto o tremer na voz do moreno, me aproximando em um abraço profundo, deixando apenas que o silêncio cuide de tudo enquanto nos aconchegávamos juntos.
A dona Lu sempre foi como uma mãe para mim, mesmo quando eu cometi o erro de quase me casar com o filho mais novo dela, ela estava do meu lado e apoiava minha decisão de ir embora. Talvez por que ela era uma das poucas que sabia sobre minha paixão secreta.
A verdade era que, viver em um mundo sem ela não passava pela minha cabeça.
Matheus, cinco meses depois.
Não sei como parei aqui, não sei como eu acabei deitado no colo da minha ex namorada no velório da minha mãe, mas honestamente, eu acho que ninguém entenderia esse sentimento como ela.
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Destinado - Matuê.
Romance" Ele não me deu as flores, ou doces. Ele me deu as estrelas e o infinito."
