Dez minutos desde o começo do assalto
Aurora | ParisEstava tudo caminhando como o planejado, quase tudo. Não pude deixar de notar uns olhares de uma refém loira, para Denver. E ele também olhava para ela.
Já se passaram dez minutos, e estava na hora de fingirmos para a polícia que fizemos um assalto que deu errado.
Berlim nos avisa, que já estava na hora, e nós caminhamos até a porta. Nos organizamos e eu fiquei mais para o canto.
— Senhores, podem ir. — Berlim avisa enquanto abre a porta.
Nós caminhamos, e deixamos a maleta com uma parte do dinheiro cair. Começamos uma troca de tiros, da nossa parte, era uma troca de tiro à queima roupa.
Até que um policial atinge Rio, e Tóquio fica maluca, ela praticamente se joga no chão para ajudar ele, e atinge dois polícias. Fudendo metade da porra do plano. Não poderia ter uma gota de sangue.
Nós conseguimos entrar novamente, e Denver e Nairóbi ficam falando na cabeça de Tóquio, enquanto ela estava ajoelhada do lado de Rio.
— A PORRA DA REGRA, TÓQUIO! — Nairóbi falava com a mão na cabeça andando de um lado para o outro.
— VOCÊS FODERAM TUDO! — Denver gritava.
— Tóquio, deixa eu fazer um curativo no Rio. Chega um pouco para o lado. — Eu falo me abaixando na direção dele.
Tóquio vai para perto de Denver.
— Rio? Tá sentindo o que? — Eu pergunto enquanto tiro o macacão dele.
— Tá ardendo, muito, tipo, muito mesmo. — Ele fala com os olhos marejando.
— Respira fundo. — Eu falo enquanto pego o kit de primeiros socorros que Berlim tinha trago.
Eu precisava primeiro estancar o sangue, então pego um pouco de gaze.
Eu ajudo Rio a levantar, e vou até o banheiro lavar as mãos, Denver me segue.
— Você fica gostosa de enfermeira. — Ele fala enquanto me vira na pia.
— Denver! — Eu o repreendo, e deixo um selinho na boca dele. — Vamos. — Eu falo puxando ele até a sala de controle.
Meia hora desde o começo do assalto
— Denver, entrega esses remédios para os nossos refens. — Berlim fala entregando uma sacola para ele. — Paris, quero falar com você.
Denver olha desconfiado para ele, mas apenas cumpre o que Berlim mandou.
— Preciso que você fique de olho na Tóquio e no Rio. Não é correto, mas, você é a única de confiança aqui dentro. — Ele fala se apoiando na mesa. — E então? — Berlim pergunta.
E agora? Me fudi!
Eu estou me sentindo naquele ditado, "se ficar o bicho come, se correr o bicho pega.", Tóquio e Rio são meus amigos, e Berlim também.
Eu não poderia acabar fodendo com a situação deles, por conta do Berlim..
— Eu... Eu vou pensar. Não posso colocar a minha amizade com eles em risco. — Eu falo e ele dá uma risada irônica.
— Quase não se tem mais pessoas igual você, que não aceitam uma proposta, por medo de acabar com uma amizade. — Ele fala.
— É.. Eles são meus amigos, e eu acho que você também é. Vou pensar. — Eu falo e saio da sala.
Quando eu estava saindo, Berlim veio atrás de mim.
E nós vimos Denver falando com a refém, justamente a loirinha que estava encarando ele mais cedo.
Ele estava falando para ela sobre o filho dela.. Que ela não poderia matar ele, algo nesse sentido.
Nesse momento, eu só conseguia me sentir insuficiente, por saber que o sonho dele é ser pai, e eu não poder proporcionar isso.
— O que está fazendo com a refém, Denver? — Berlim pergunta logo atrás de mim.
— Parece que o papo está bom, acho que estamos atrapalhando. — Eu falo ironicamente e Denver me olha.
— Nada. Eu só.. Estava conversando com ela, sobre as pílulas abortivas. — Denver fala enquanto esfrega as mãos nervoso.
— É.. Mas acho que eu não vou tomar. Irei esperar mais um pouco para me decidir, mas de qualquer forma, obrigada. — A loira fala tentando sair de lá.
Denver iria acompanhar ela, até que eu falo.
— Pode deixar que eu acompanho a madame. — Eu falo dando um sorriso irônico para Denver.
A mulher parece ficar um pouco mais nervosa, e ela anda enquanto eu a sigo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A DAMA & O VAGABUNDO | Denver e Paris
FanfictionUm amor totalmente impossível em que ambos tentaram fazer dar certo. Ah, a paixão.. É um sentimento tão puro, mas tão mentiroso ao mesmo tempo. Quando nós estamos apaixonados, pensamos que tudo será mil maravilhas, ou que na verdade achamos o amor...