NÃO TE QUERO MAIS NA MINHA VIDA | 16

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Cinquenta e três horas do começo do assalto
Aurora | Paris

Eu estava a procura de Berlim, e entro em uma das salas que estavam fechadas. Eu abri a porta extremamente devagar, e tive uma visão péssima. Tive a incrível visão de Denver fazendo um curativo em Mônica, e ela rebolando na cara dele.

De primeira, quando eu cheguei, eles não tinham notado a minha presença ali.

— Mônica, eu já falei para você parar! — Denver fala com raiva.

Ela para e fica normal.

— Acabei, sai. — Ele se levanta, e quando iria sair, me viu ali. — Paris? — Ele fala quando me vê. — Não é o que você está pensando! — Ele fala e eu dou espaço para Mônica sair.

Eu não iria responder ele, tanto é que eu já estava de saída, mas ele me puxou e trancou a porta.

— Eu te quero para caralho. Eu já disse! Me deixei levar por ter quase a chance de poder ter um filho. É você quem eu amo! — Ele fala praticamente implorando.

— Me esquece, toda a porra desse tempo foi em vão. Eu não te quero mais na minha vida, vê se me esquece. — Eu falo cruzando os braços.

— Você costumava me abraçar, perguntar se eu estava bem e me chamar de "meu amor". Agora você me trata como se eu não valesse um centavo. E se fizéssemos algo nosso? Poderíamos ficar juntos para sempre? — Ele fala se sentando na cadeira enquanto olhava para o chão.

— O pior de tudo, é que eu te amo. Eu deveria ter dado um tiro em todas essas borboletas. — Eu falo e saio da sala.

Estava tudo uma loucura, eu fui até os andares superiores, para descansar. Já que estava na minha hora de descanso.

Eu dormi cerca de uma hora.

Quando eu acordei, e estava descendo, meio que com sono ainda. Eu vejo Arthuro e Denver, um apontando a arma para o outro. Na hora eu desperto do sono.

— Anda, Arthurito! Atira. — Denver manda.

— Se eu fosse você, não iria querer isso. — Arthuro ironiza.

Quando Denver iria atirar, a arma dele era um brinquedo.

Haviam trocado as armas. Eu me aproximo.

—Não se aproxime, loirinha. — Arthuro fala e eu paro. Minha arma estava na minha cintura, por dentro do macacão.

Mônica estava perto da porta, prestes a apertar o botão. Provavelmente, foi ela quem havia trocado as armas.

Arthuro usa Denver como refem. — Sabe quem trocou as armas, Denverzinho? — Ele fala com ironia. — Mônica Gaztambide.

Nessa hora eu dou uma risada, que todos que estavam no ambiente pararam para me olhar.

— Uau, a refém que ele estava pegando é justamente quem fodeu com ele. Melhor que filme de ação. — Eu falo com deboche e saio andando.

Eu estava a um passo de deixar Denver morrer. E você pode pensar, o que você fez? Fui mais rápida que Arthuro.

Arthuro se virou para a porta, enquanto Mônica estava desesperada para conseguir abrir a porta.

Eu vou por trás dos reféns, enquanto fazia sinal de silêncio e apontava a arma para eles. Caso qualquer um fizesse o mínimo de aviso para Arthuro, eu iria atirar.

Cheguei por trás dele, e chutei o joelho, logo ele perdeu o equilíbrio e deixou a arma e Denver caírem.

— Agora o jogo virou, ein. Quem mete o louco aqui, sou eu. — Eu falo e chuto o saco dele, e subo em cima dele. Segurei os braços, e me levantei. Nesse movimento, a arma já estava com Denver.

— Pode deixar que eu mato ele, mas da próxima vez que você encostar nele.. — Eu falo enquanto tiro a minha arma de dentro do macacão. Eu engatilho a arma. — Eu te mato primeiro.

— De-Desculpa. — Arthurito fala e eu levanto ele. Eu apenas empurro ele para ficar com os demais refens.

— Ela só protege ele assim, porquê eles tinham um caso! — Mônica fala.

— Puta que me pariu, só falta essa porra sair no jornal. — Denver fala revirando os olhos. — Pelo menos eu não sou casado e ela está grávida de mim. — Ele fala e dá aquela risada dele. Mônica recua.

Antes de que qualquer outra coisa pudesse acontecer, Rio passou voando por nós, e já foi direto para aonde abre os portões. Eu fui fazer cobertura para ele, mesmo sem nem saber o que ele estava fazendo.

Nessas últimas horas, quase todos os rostos já haviam sido revelados, menos o meu. Sempre que tínhamos contato direto com a polícia, eu fazia questão de esconder o meu cabelo e colocar a máscara.

Era Tóquio voltando de moto. Rio fechou o portão, e logo foi correndo até ela.

Depois do momento de melosidade deles, eu cheguei e abracei ela.

— Senti sua falta, esquentadinha. — Eu falo e ela empurra me ombro rindo.

— Você fala como se não fosse pior que eu. — Eu dou risada e reviro os olhos na brincadeira.

A DAMA & O VAGABUNDO | Denver e ParisOnde histórias criam vida. Descubra agora