A DAMA & O VAGABUNDO | Denver e Paris

DENTRO DO COFRE | 13

Trinta e quatro horas desde o começo do assalto
Aurora | Paris

Os médicos chegaram, e cuidaram de Arturito, um deles era um policial.

Professor tinha nos avisado que alguns policiais estavam tentando entrar disfarçados, e então, eu troquei as máscaras.

Trinta e sete horas desde o começo do assalto.

Nós vamos até a sala onde estava Nairóbi, Rio, Oslo, Moscou e Tóquio, e estava passando uma reportagem na televisão, sobre o assalto.

Estavam falando sobre a Tóquio, Berlim e o Rio. Falaram que Berlim era um abusador.

Ele fica extremamente puto. E logo começa uma reportagem dos pais de Rio. Tóquio puxa o cabo da televisão, e a desliga.

A polícia estava apelando feio.

Eu decido ir ver como estavam os refens. Eu estava caminhando por perto dos cofres, e eu começo a escutar gemidos, e uma voz parecida com a de Denver.

Depois de uns minutos, eu decido dar o meu jeito, e consigo abrir o cofre. Vi uma das visões mais traumáticas de toda a minha vida, cena nojenta, era nada mais, nada menos, que Denver estava metendo na porra da refém. Ela estava viva?

Eu entro, enquanto bato as palmas. — Caramba, transando com refem. — Eu falo ironicamente.

— Paris.. Não é isso. — Eu não tenho tempo para explicações fajutas.

Eu estava saindo, e Denver demora uns minutos e logo corre atrás de mim.

— Ei, ei, Paris. Me desculpa. — Denver fala me puxando.

Eu não poderia julgar ele, até porquê, eu já tinha beijado Berlim. Ah, mas que se foda, vou julgar ele sim.

— Quando você tinha dito, que acabou, foi como a porra de um tiro no coração. Como que você deixou essa puta acabar com o que tínhamos? Eu fiquei bem chateada, para falar a verdade. Mas agora eu entendo o porquê terminamos, você está metendo na putinha.— Eu falo com um sorriso no rosto.

— Paris, eu.. Eu acho que eu to apaixonado pela Mônica.— Eu já não sabia o que falar, então so.. Desabafei.

— NÃO DENVER, NÃO! VOCÊ NÃO ESTÁ APAIXONADO PELA PORRA DA MÔNICA! VOCÊ TÁ APAIXONADO PELA CHANCE DE PODER TER UMA FAMÍLIA, DE VOCÊ PODER SER PAI, PORQUÊ VOCÊ SABE QUE ISSO EU NÃO VOU TE PROPORCIONAR. — Eu gritava com Denver dentro da sala em que estávamos, enquanto ele me olhava com os olhos cheios de lágrimas.

— Paris.. Não é isso.. Você é muito para mim. Eu — Eu não deixo ele terminar de falar.

— Quando sairmos daqui, eu vou pegar todo o meu dinheiro, e vou te deixar aí. Esse sentimento é uma merda, eu achei que nós dois estávamos na mesma vibe, mas não. Eu quero que algum dia você sinta tudo o que eu senti agora. Você é um miserável! E eu uma otaria. Então, me deixa seguir em paz.

— Eu não sei o que me deu... Eu fiquei tão.. Não sei explicar. Mas ela, grávida, eu poderia ser pai. Eu fui no calor do momento. Eu descobri que o Berlim tava te querendo.. 

— Denver, nunca mais olha na minha cara. Você é um tremendo filho da puta. — Eu falo e deixo ele sozinho na sala.

Eu caminhava enquanto pensava, sobre o que aconteceria conosco.