ʕ·ᴥ·ʔ
Meu cérebro estava completamente dividido, eu vou até ele e pergunto se está tudo bem, ou ignoro porque não é da minha conta? Bem, eu precisava decidir logo, ou pelo menos parar de pensar nisso e me concentrar na estrada enquanto tenho as mãos no volante.
─ No que está pensando? ─ Bree me tirou da linha de raciocínio.
A estilosa garota de dreads se tornou minha melhor amiga no primário, quando tentaram roubar meu lanche e ela mostrou língua para os delinquentes. Para a nossa idade, aquilo foi um grande ato de coragem.
─ Afton...
─ Tá pensando em esganar ele ou... Aquele estilo "me beija com raiva"?
─ Nenhum dos dois, e eu nem vou comentar sobre a segunda opção. Você acha que tem algo errado na casa da família dele?
─ Amiga, o pai cria aqueles robôs que diga-se de passagem, me dão medo, e o filho mais novo vive chorando. Aquilo ali é um manicômio. Cá entre nós, eu morro de medo do William Afton. Aquela cara de psicopata me assusta.
─ Amo seu jeito de falar, amiga... ─ eu respondi, batendo os dedos contra o volante.
─ Por que perguntou?
─ Porque... É óbvio que está tudo errado, e eu adoro o pequeno Evan, e quero ajudar ele, mas eu não sei se devo me meter e tô ficando maluca!
─ Aí, minha linda, vou te falar... Eu não acho boa ideia você se meter. Só... Vai falando com o Evan e se ele soltar alguma informação você leva pra polícia... Que tal?
─ E acha que vai resolver?
─ Eu sou filha do delegado, sei que o papai vai resolver se você tiver algo que tenha saído da boca de um deles.
Estávamos dentro do meu carro, estava tarde da noite, porque estávamos voltando de uma festa que eu definitivamente chamei de "grupo de estudos" e estávamos sóbrias porque eu não sou maluca de chegar em casa fedendo a álcool, e Bree morre de medo de perder o controle em festas adolescentes.
E ela tem toda a razão.
Não tinha uma alma viva na estrada próxima à casa dela, mas tinha algo estranho na beira da estrada, eu encostei pensando ser um cachorrinho machucado, mas quando a luz da lanterna que sempre levo no porta-luvas chegou ao "objeto estranho", eu congelei.
Era uma garotinha. E eu conhecia essa garotinha. Era a garotinha para quem eu doei um dos filhotes de Sunny. A fofa garotinha que sempre batia na minha porta para mostrar como seu filhotinho estava maior.
A alguns metros dali, eu vi um orelhão. Entrei no carro apenas para pegar minha carteira, e liguei para a polícia o mais rápido que consegui.
[...]
Estamos na delegacia. O delegado acreditou que eu estava apenas dando carona para minha amiga, por conta do lugar onde o pequeno cadáver estava, mas ainda assim recebemos uma bronca por termos ido a uma festa que ele definitivamente não estava ciente que sua filha estava presente.
Chegando em casa, dei um monte de mentiras para explicar por que cheguei tarde. Não é a primeira vez que isso acontece, por que não é a primeira vez que saio para algum lugar sem a permissão dela.
A diferença é que geralmente eu vejo corpos vivos, estejam eles me tocando ou apenas próximos a mim. Mesmo sendo virgem, há algum tempo eu descobri como é um corpo masculino de perto.
Apenas não esperava descobrir como é um cadáver.
Acho que eu não vou tirar essa imagem da cabeça tão cedo.
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Why Is Love So Contradicting?~ Michael Afton imagine
Fanfiction"Por que o amor precisa ser tão contraditório!?" Se você é um simples leitor, eu não prometo te fazer cagar de medo, mas pelo menos te entreter eu consigo(eu acho). Se você é alguém que me conhece, saia do meu perfil imediatamente. OS PERSONAGENS DA...