ʕ·ᴥ·ʔ
"Até segunda-feira! Não esqueçam a lição de casa!"
Foram as palavras do professor ao nos liberar para ir embora, eu arrumei minhas coisas, mas não poderia ir embora ainda por precisar passar no grêmio para resolver algumas coisas.
Não era nada fora do comum, no entanto, ao chegar ali, reparei na porta destrancada, coisa que não era normal. Considerando que alguém havia esquecido de trancar, eu entrei na sala, encontrando quem eu menos queria ver.
─ Tá fazendo o quê aqui, Afton?
─ Resolveram que detenção não iria controlar meu instinto selvagem, então me mandaram ajudar com o festival, já que você claramente não conseguiria sozinha.
─ Então o babaca se meteu em confusão de novo e vai prestar serviço comunitário?
─ Não distorce as minhas palavras.
─ Eu só não caí nas suas bobagens.
─ Você me irrita tanto... Só me diz o que eu devo fazer!
─ Prega esse cartaz em cima da porta do refeitório, aquele perto da secretaria, e o último no ginásio.
─ Deixa eu adivinhar, você é muito baixinha?
─ Eu tenho mais o que fazer. Só me obedece e depois vaza daqui!
─ Eu só vou fazer pra ir embora. Nunca obedeceria uma ordem sua!
─ Não importa, contanto que faça.
Ele resmungou algum palavrão e foi trabalhar. A verdade é que não tinha nada pra fazer além do que mandei ele, então apenas comecei a adiantar a lição de casa, só pra fingir que fazia algo.
Isso até ouvir um estrondo vindo do refeitório.
Eu caminhei até lá, apenas para ver um Afton se contorcendo no chão com a escada sobre sua perna.
─ Eu tô com dor pra caralho agora, então se você abrir a boca pra rir de mim, eu vou--
Ignorando as palavras dele, eu ergui a escada, percebendo o roxo em sua perna, entrei na cozinha a fim de buscar gelo. Ao voltar, eu apliquei no machucado, recebendo grunhidos de dor.
─ Consegue andar?
─ ...Não.
O deixando se apoiar em mim, eu o deixo sentado em um banco.
─ A enfermeira já deve ter ido embora, deixa o gelo sobre o machucado, deve conseguir andar daqui a algum tempo.
─ Por que tá sendo... Não uma megera?
─ Sei lá... Pena?
─ Vai se foder!
─ Cala a boca.
Eu passei a colocar os outros cartazes, e ao voltar ele tinha ido embora. Um problema a menos.
Voltando pra casa, o carro de meus pais não estava na garagem, mas sentado na escada da porta da frente estava Evan, com a bolinha que joguei em seu irmão na noite anterior.
─ Eu... Eu vim devolver, o Michael disse que você jogou nele.
─ Ele mereceu, muito obrigada... Você não quer entrar? Minha cachorrinha é bem mansa, pode entregar para ela você mesmo.
─ Eu posso?
─ Claro, venha!
Eu o guiei até meu quintal onde minha Golden Retriever Sunny nos recebeu, um pouco apreensivo, Evan jogou a bolinha, e ela a pegou, voltando para perto dele. Logo, os dois começaram a brincar e se divertir muito, aquele garotinho realmente parecia feliz. Isso até ouvir o barulho do motor de um carro se aproximando da própria garagem.
─ O papai chegou...
─ Posso falar com seu pai para você poder brincar mais um pouco, que tal?
─ Não, não precisa. Eu tenho que... Ir para lá. Tchau!
Ele correu para casa, parecendo temer e muito o próprio pai. Eu entendo esse sentimento... Quando meu estômago passou a roncar, fui até a cozinha onde Mary preparava o jantar.
─ Me diz que tem algo pronto...
─ Ainda não, querida. Se estiver com muita fome, pode comer alguma fruta.
─ Valeu... Mary... O que você sabe sobre os vizinhos?
─ Os normais ou os estranhos?
─ Os Afton.
─ Os estranhos. Vejamos, William Afton não me passa uma boa impressão, sua filha do meio até parece ser feliz, mas o menino Evan está sempre chorando, e o mais velho você conhece bem...
─ Você sabe se... O Afton faz algo com os filhos?
─ Você sabe de algo?
─ Só tô perguntando!
─ Hm... Olha, eu não sei de nada, e se fosse você deixava isso pra lá. Se esse homem for perigoso mesmo, não hesitaria em voltar contra você.
─ Não é problema meu de qualquer forma... Não vou me meter. Fica tranquila.
Mas assim que o silêncio se instaurou em nossa casa, eu pode ouvir gritos do Afton mais velho, não que eu me preocupe, mas... Algo de muito estranho acontece naquela casa... E não parece que vai acabar bem.
Na segunda-feira, o Afton ainda estava mancando. Não pode ter sido tão grave assim... Ou aquilo não foi da queda?
ʕ·ᴥ·ʔ
Peço desculpas pelo capítulo curto, o autor tá passando por uns problemas pessoais e não está se sentindo muito bem, mas eu juro que o próximo será melhor.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Why Is Love So Contradicting?~ Michael Afton imagine
Fanfic"Por que o amor precisa ser tão contraditório!?" Se você é um simples leitor, eu não prometo te fazer cagar de medo, mas pelo menos te entreter eu consigo(eu acho). Se você é alguém que me conhece, saia do meu perfil imediatamente. OS PERSONAGENS DA...